Bíblia significa “livrinhos”, “livros pequenos”, e ela é dividida em duas partes denominadas Antigo Testamento, que é antes de tudo “uma historiografia (estudo e descrição da história) em que Deus é a personagem mais importante, cabendo a ele a iniciativa e que realiza um projeto de salvação” (Dicionário Enciclopédico Teológico – LEXICON p. 31), e o Novo Testamento, este que “não vem abolir o antigo, mas para dar-lhe cumprimento” (Dicionário Enciclopédico Teológico – LEXICON p. 535); e é também nesses escritos que “encontramos confirmada e professada a mesma fé dos livros do Antigo Testamento” (Dicionário Enciclopédico Teológico – LEXICON p. 79). Ela contém setenta e três livros que estão divididas em diversas categorias: o Pentateuco, os Livros Históricos, os Livros Poéticos e Sapienciais, os Livros Proféticos, os Evangelhos Sinóticos, o Evangelho de João, os Atos dos Apóstolos, as Epístolas de São Paulo, a Epístola aos Hebreus, as Cartas Católicas e o Apocalipse.
Em nossos tempos modernos, e não somente na formação dos futuros dispensadores da Boa Nova, mas na vida de cada um de nós, leigos, é necessário que tenhamos um coração aberto para a prática da Palavra de Deus em nossas vidas como, por exemplo, por meio da sua meditação na Lectio Divina. É importante frisar o que diz Sua Santidade, o papa João Paulo II, no discurso sobre a Interpretação da Bíblia na Igreja. Diz que a Leitura Orante da Palavra “é uma leitura, individual ou comunitária, de uma passagem mais ou menos longa da Escritura acolhida como Palavra de Deus e que se desenvolve sob a moção do Espírito em meditação, oração e contemplação” (Papa João Paulo II: Interpretação da Bíblia na Igreja. São Paulo: Paulinas. p.150).
A prática da Leitura Orante deve ser assídua e ultrapassar os ambientes formativos; não é só para presbíteros e religiosos (as). Como nos diz a Constituição Dei Verbum, no número 25, é necessário aos sacerdotes, em especial, “a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados, as grandíssimas riquezas da Palavra divina, sobretudo na Sagrada Liturgia […] e ensinar no reto uso dos livros divinos de modo particular do Novo Testamento e, sobretudo dos Evangelhos” (CONCÍLIO VATINO II – Constituição Dogmática sobre a revelação divina – Dei Verbum. 10. ed. Nº37. São Paulo: Paulinas, 2004. p.28); mas a Palavra deve fazer parte da nossa vida de comunidade também, seja nas comunidades de bairro, na Matriz, nos Grupos de Oração, na Catequese, ou seja, em todas pastorais e movimentos da nossa Igreja deve estar sempre presente a Sagrada Escritura, como forma enriquecedora da nossa fé, sendo um grande alimento espiritual.
Portanto, é de grande importância dar valor a este magnífico tesouro que temos em nossas mãos que é a Sagrada Escritura, seja ela para a conversão, para a oração e meditação. Que a Boa Nova seja parte fundamental na nossa vida, na pastoral e principalmente que seja morada dentro dos nossos corações, pois em nosso meio “a Palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb 4,12). Sugiro ainda que neste mês meditemos o livro do Êxodo nos capítulos 15 a 18, que tem como Tema: Travessia: passo a passo o caminho se faz e com o Lema: Aproximai-vos do Senhor (Ex 16,9). Boa Leitura e meditação da Palavra de Deus em comunidade e em família.
Daniel Bento Bejo - 3° TEO
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