Queridos formandos, ao findar de mais um ano letivo e porque não dizer, de um ano formativo, nossos corações se enchem de alegria, pois, diante dos grandes desafios que encontramos pela frente, estudo das disciplinas teológicas e filosóficas, confecção de monografia (alunos do 3º ano de filosofia e do 3º ano de teologia), realização do exame final de conclusão de curso, De Universa (4º ano de teologia), o Senhor concedeu a cada um daqueles que estiveram envolvidos nessa empreitada formativa, de forma aberta, deixando-se envolver e formar pelos conteúdos que certamente foram absorvidos de forma séria, a graça de vencer cada um deles.
Penso que todo o conteúdo ministrado em sala de aula, toda formação oferecida pelos formadores internos, assim como também pelos formadores do campo psicológico e espiritual, não servirão para nos transformar em depósitos de informações que nada irão produzir, mas, como protagonistas da nossa própria formação, se faz necessário deixar que toda essa quantidade de ensinamentos produzam em nós, frutos; frutos de transformação, frutos de conversão interior, frutos de identificação cada vez mais forte com aquele que nos chamou a segui-lo: o Senhor Jesus.
Nosso coração se encherá ainda mais de alegria se, olhando para traz, percebermos que de fato, valeu a pena percorrer e assumir com seriedade esta empreitada que a cada ano, o processo formativo nos propõe. Aí está enfim a beleza da nossa vocação, a beleza da vida no seminário: quando não nos importamos com as exigências do processo em questão, mas sim, quando nos abrimos a ele e o vivemos com amor e dedicação, tendo como meta a ser atingida, essa nossa configuração total a Cristo Bom Pastor, Sumo e Eterno Sacerdote.
Parece que estou fugindo do tema ao qual me propus falar, mas vejamos. Com o findar do ano civil, aproxima-se o início de um novo ano litúrgico.
Como mencionado acima, no título deste artigo, o advento é um tempo propício da graça de Deus em nossa vida para acolhermos e reconhecermos o Senhor, este Deus que nos dizeres de Santo Agostinho, ao se fazer homem quis e quer nos despertar do sono no qual nos encontrávamos e nos encontramos.
Se vivermos bem este tempo litúrgico, tempo que quer ser para nós uma constante preparação, certamente celebraremos com mais fé e amor o nascimento de nosso Senhor. Este tempo, vivido a partir dessa dinâmica, nos fará entender que os grandes momentos da vida litúrgica da Igreja não são simplesmente atos litúrgicos que a cada se repetem, mas são na verdade, a revelação do mistério de Deus se fazendo presente no nosso tempo, na nossa vida, permitindo-nos rever a nossa própria caminhada e, enxergar o quão distantes de Deus temos vivido.
A todos vocês, caros formando, a todos os leitores deste boletim formativo e informativo, desejo enfim um santo e profícuo tempo de advento e, um santo e feliz natal, esperando estarmos juntos no ano que se aproxima.
Pe. Marciel Silva de Lima Reitor do Seminário - Filosofia
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