O papel do terapeuta na formação do sacerdote

Toda a vocação cristã vem de Deus, é dom divino. Ela nunca é oferecida fora ou independentemente da Igreja, constitui mais um mistério da Santíssima Trindade.

O entendimento e a vivência sacerdotal requerem dotes e virtudes morais e teológicas, sustentados pelo equilíbrio entre o homem e o pastor, tornando possível a doação total do indivíduo de forma livre e verdadeira, para a sua fé.

Assim a dimensão humana, enquanto base intrínseca e fundamental do sacerdote que lhe garante a capacidade de se relacionar com os outros e servir de conexão com Jesus Cristo, deve ser amparada pelo psicoterapeuta, pois nem sempre o indivíduo é apto a entender e suportar os desafios e carregar o fardo das responsabilidades assumidas na execução da vida sacerdotal, sem uma profunda reflexão sobre si e um desenvolvido senso de justiça, lealdade e dedicação.

Assim como também devem ser abordados os temas como: apesar de regras a serem seguidas e de uma estrutura bem demarcada e rígida, o sacerdote deve manter seu interesse vivo e sua imaginação ativa para criar conforme sua crença e em prol de sua comunidade, permanecendo ativo e fiel, dentre outros.

Assim, para que tal edificação seja possível, uma contínua e consciente correspondência deve ser alcançada entre o indivíduo e sua vocação. Para tal, uma formação gradual, complexa e profunda deve conseguir a união das dinâmicas humanas sobre o enfoque das dinâmicas espirituais e esta talvez seja a maior atribuição do terapeuta: auxiliar o homem a se edificar em pastor.
Karina Cestari - Psicóloga

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