Idade Perfeita

Numa terça-feira no encontro com a psicóloga juntamente com os integrantes da casa de formação Filosofia e Teologia trabalhávamos com um vídeo do historiador Leandro Karnal que nos relata sobre a utopia da idade perfeita e que gostaria de fazer uma reflexão acerca deste tema.

Na sua discussão sobre o tema observamos que nos dias de hoje há uma grande insatisfação em todas as idades de uma vivência do presente, pois os jovens querem ter a liberdade para fazer o que pensam, resolver tudo, ser uma pessoa independente, ter uma idade avançada, enquanto percebemos nas pessoas adultas de idade avançada, são aquelas que querem retroceder ,ou seja, voltar à sua juventude nos modos de falar, expressar, no jeito de vestir tendo uma alma que vê o envelhecimento como um apodrecimento sem significado.

Quando não vivemos o nosso tempo, nosso momento ou idade, nos tornamos pessoas infelizes mediante a realidade que vivemos, porque quando chegamos a idade desejada caímos em desânimo querendo voltar à idade que se estava , pois lá se sentia feliz. Por muitas vezes neste vai-e-volta e desejos não realizados, o homem acaba sofrendo de depressão e angústia.

Sem viver este presente, podemos fazer o seguinte questionamento: será que passamos a vida esperando pela idade em que seremos plenamente felizes?

Ou Será que nos dias de hoje buscamos por utopias? Utopias estas que são aqueles ideais, o de sonhar algo melhor para uma sociedade, para minha vida ou para minha própria idade.

Assim constatamos que o homem contemporâneo em meio a pós-modernidade é aquele ser insatisfeito, pois está em constante busca de algo novo através de um consumismo intenso, numa idade perfeita para se viver e permanecer nela, numa felicidade perfeita, sem sofrimentos, sem obstáculos a enfrentar e também sem conquistas. É um homem que vive para si mesmo no seu individualismo e num cultivo ativo do seu corpo do jeito que sociedade capitalista nos pede.

Portanto é importante que hoje vivamos o momento presente buscando os valores e também as virtudes que norteiam nossa vida para um crescimento constante no dia-a-dia como a prudência, fortaleza para os momentos difíceis, a temperança e a justiça para que possamos ter um grande sentido para a vida tendo como guia os dons do Espírito Santo e que a incerteza não habite em nosso viver, porque ela pode nos matar e impedir que caminhemos com segurança, fazendo com que permanecemos na fase (idade) que estamos, se somos jovens hoje, vivamos nossa juventude, ou se somos pessoas adultas e idosas, vivamos este momento como único, não tendo trocas de um papel para o outro, pois no mundo precisamos das crianças, dos jovens, dos adultos e dos idosos caminhando cada um na sua vocação e no seu papel mediante à sua sociedade.

Daniel Bento Bejo (2° TEO)

Um comentário:

  1. Queria saber qual é a idade para entrar no seminário, tenho 56 anos, e sinto a vocação para ser padre.

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