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Que livro estou lendo ?

 Livro: A Arte de Caminhar – Metodologia Pastoral
ALTOÉ, Adailton. A Arte de Caminhar: Metodologia Pastoral. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2005.

Adailton Altoé foi salesiano. Trabalhou diretamente com a juventude durante onze anos, dois dos quais como assessor da PJ (Pastoral da Juventude) do Regional Leste II e membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ. Por oito anos foi membro da Diretoria Geral do IPJ (Instituto da Pastoral da Juventude) Leste II, através da qual assessorou dezenas de cursos. De 1994 a 1997 foi pároco na região serrana capixaba e em 1998, pároco em Goiânia. Tem sido diretor do Oratório Diário e Festivo, que desenvolve um trabalho preventivo com 207 crianças e adolescentes empobrecidos.

Um livro de abordagem fácil, eficaz e bastante claro. Dividido em duas partes, na primeira temos uma boa visão de conjunto, já na segunda, Altoé transmite-nos a experiência de Jesus vivenciada em diversas perspectivas.

Abraçando um viés metodológico – capaz de lançar-nos, sem resistência alguma, para o meio do ambiente narrado de maneira contagiante – apresenta-nos aquilo que é essencial. Naquele primeiro momento referido, o autor mostra como se deve trabalhar em grupo, ensinando com clareza o que é necessário para saber aonde se quer ir, bem como quando e como se pretende chegar, ou seja, temos que ter sempre ponto de partida e ponto de chegada, nunca deixar de lado a clareza da meta, que pode ter curto, médio ou longo prazo.

Para que tudo se realize dentro destes parâmetros é necessário um grupo, não muito grande, mas que abrace a verdadeira amizade, confiança e que gere a oportunidade para todos participarem. Este grupo deve manter sempre a mesma direção e destino, aliados à experiência de caminhada que os tire do isolamento e os abra à vida, para a humanidade e consequentemente para Deus.

O autor para exemplificar esta metodologia, usa a antiga e conhecida “sra. Kombi”, pois ela tem a capacidade de conduzir um Grupo de Base, bem coeso. E nela, como um todo, como um corpo orgânico, cada parte é de suma importância para o bom funcionamento da mesma, por menor que seja ou aparentemente insignificante determinada parte, ela desempenha papel insubstituível e eficaz, contribuindo assim para que todo o “corpo” esteja agindo com harmonia: lataria, bateria, pneus, direção etc.

Outros fatores importantes a se considerar são: o diálogo entre componentes envolvidos; adequação a novos contextos que vão surgindo e que não estavam previstos no início da jornada - neste caso, manter viva a esperança, a fé e a caridade fraterna pode ajudar muito; a parada para ver o caminho já percorrido e vislumbrar aquilo que virá ou aquilo que deve ser mudado, ou seja, uma boa avaliação, aproveitando-se também para descansar, revisar o carro, comemorar e celebrar o caminho percorrido.

O guia maior para toda nossa ação pastoral é a ação e a experiência de nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo. Esta experiência é-nos revelada na segunda parte de “A Arte de Caminhar”, continuando com o texto simples, mas agora na concretude do encontro e do sentir do próprio Jesus junto ao povo, principalmente pobre, sofrido, ou melhor, junto àqueles que eram considerados perdidos ou sem valor para os que se consideravam eleitos. Muito interessante é como o autor apresenta este livreto. A metodologia da primeira parte em que é focada a ação grupal, do todo coeso desde a partida até a chegada, e isto é transladado para a segunda parte, na qual o enfoque é outro, não mais a ação grupal, mas a ação de cada membro que deve ser espelhada na ação do próprio Jesus.

Por isso, enfim, o autor usa a dinâmica posta no Evangelho de Lucas, quando Jesus toma a firme decisão de sair da Galileia e partir para Jerusalém, meta e ápice de toda sua missão.

Daí que Jesus também tem um ponto de partida e outro de chegada, porém o caminho para se chegar à meta é cheio de aventuras, percalços, oposição, apoio, acolhidas, também de rejeição, o povo que reage com euforia e retrocessos. Este ambiente encontrado por Jesus também será encontrado por aqueles que se dispuserem a levar a missão a cabo.

Nos encontros e desencontros do caminho é importante frisar, portanto, os gestos, as palavras, o aproximar-se de Jesus das pessoas, esta experiência que Ele fez deve dizer muito a nós, como devemos também fazer a nossa experiência de seguimento d’Ele. Pois, “tudo acontece no caminho, até a chegada de Jesus a Jerusalém. Já o nosso caminho missionário partiu de Jerusalém para chegar aos confins do mundo (Lc 24, 44-47)” (p. 48-49).

Jefferson de Araujo - 1° TEO

O Reitor do Seminário - Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima

Advento: Tempo de acolher e reconhecer o Senhor, que continuamente vem ficar no meio de nós.

Queridos formandos, ao findar de mais um ano letivo e porque não dizer, de um ano formativo, nossos corações se enchem de alegria, pois, diante dos grandes desafios que encontramos pela frente, estudo das disciplinas teológicas e filosóficas, confecção de monografia (alunos do 3º ano de filosofia e do 3º ano de teologia), realização do exame final de conclusão de curso, De Universa (4º ano de teologia), o Senhor concedeu a cada um daqueles que estiveram envolvidos nessa empreitada formativa, de forma aberta, deixando-se envolver e formar pelos conteúdos que certamente foram absorvidos de forma séria, a graça de vencer cada um deles.

Penso que todo o conteúdo ministrado em sala de aula, toda formação oferecida pelos formadores internos, assim como também pelos formadores do campo psicológico e espiritual, não servirão para nos transformar em depósitos de informações que nada irão produzir, mas, como protagonistas da nossa própria formação, se faz necessário deixar que toda essa quantidade de ensinamentos produzam em nós, frutos; frutos de transformação, frutos de conversão interior, frutos de identificação cada vez mais forte com aquele que nos chamou a segui-lo: o Senhor Jesus.

Nosso coração se encherá ainda mais de alegria se, olhando para traz, percebermos que de fato, valeu a pena percorrer e assumir com seriedade esta empreitada que a cada ano, o processo formativo nos propõe. Aí está enfim a beleza da nossa vocação, a beleza da vida no seminário: quando não nos importamos com as exigências do processo em questão, mas sim, quando nos abrimos a ele e o vivemos com amor e dedicação, tendo como meta a ser atingida, essa nossa configuração total a Cristo Bom Pastor, Sumo e Eterno Sacerdote.

Parece que estou fugindo do tema ao qual me propus falar, mas vejamos. Com o findar do ano civil, aproxima-se o início de um novo ano litúrgico.

Como mencionado acima, no título deste artigo, o advento é um tempo propício da graça de Deus em nossa vida para acolhermos e reconhecermos o Senhor, este Deus que nos dizeres de Santo Agostinho, ao se fazer homem quis e quer nos despertar do sono no qual nos encontrávamos e nos encontramos.

Se vivermos bem este tempo litúrgico, tempo que quer ser para nós uma constante preparação, certamente celebraremos com mais fé e amor o nascimento de nosso Senhor. Este tempo, vivido a partir dessa dinâmica, nos fará entender que os grandes momentos da vida litúrgica da Igreja não são simplesmente atos litúrgicos que a cada se repetem, mas são na verdade, a revelação do mistério de Deus se fazendo presente no nosso tempo, na nossa vida, permitindo-nos rever a nossa própria caminhada e, enxergar o quão distantes de Deus temos vivido.

A todos vocês, caros formando, a todos os leitores deste boletim formativo e informativo, desejo enfim um santo e profícuo tempo de advento e, um santo e feliz natal, esperando estarmos juntos no ano que se aproxima.

Pe. Marciel Silva de Lima Reitor do Seminário - Filosofia

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi

Queridos irmãos e irmãs
Amados seminaristas

Ao completar dez anos servindo a Igreja na formação dos jovens que se encaminham para o presbiterado, venho agradecer a Deus, a Nossa Senhora e a todos com os quais pude conviver, pela fecundidade deste tempo.

De maneira especial, agradeço a Dom Luiz que enviou-me ao Seminário no final do ano 2000 para ser professor e cuidar das economias da Casa, auxiliando o Pe. José Sidney na formação, conhecendo o Seminário ainda em sua fundação, seja física que institucional. Agradeço carinhosamente a Dom Fernando, que confiou-me o encargo de Reitor, coordenando o processo formativo e que, depois destes dez anos, por sua graça e bondade, acolheu meu pedido de estar mais livre para dedicar-me ao ofício que ele escolhesse, no caso, a Coordenação Diocesana de Pastoral. Agradeço aos formadores com os quais dividi o peso da formação, bem como os funcionários e colaboradores, ao presbitério, aos seminaristas e suas famílias.

Foi um tempo de graças! Experimentei o donum regiminis et contemplationis que Deus reserva aos formadores para bem desempenhar sua missão. Também experimentei o auxílio celeste nas horas de incompreensão, desânimo, dificuldades, no pesar da cruz e na dúvida diante de decisões importantes. Este auxílio veio através da oração, das graças que Deus nos envia e das pessoas generosas que nos sustentaram e abraçaram conosco esta nobre causa de formar presbíteros, nunca sentindo-nos sozinhos. Nem sempre fui generoso como deveria diante da missão e, por isso, falhas e erros aconteceram como fruto da humana fraqueza, cabendo-me pedir perdão àqueles aos quais deixei a desejar.

Agora é hora de partir para novos desafios, onde me chama a Igreja e o Bispo me envia. Não é fácil, porém, separar-se das pessoas, que são o objetivo da missão de um padre formador. Acostumei-me por demais a amar os seminaristas e os considerei, neste tempo, minha alegria e missão mais forte diante de Deus. Cada um que chegou ao altar, senti que foi uma vitória conjunta, um irmão que venceu a dura batalha contra si mesmo, contra os percalços da vida e as dificuldades vocacionais. Sei que será difícil adaptar-me longe destes jovens que por dez anos ocuparam o ministério a que o Senhor me convocou e meu coração me diz que vai levar muito tempo ainda. Mas missão é missão e geralmente tem início, meio e fim.

E na celebração do encerramento do ano 2010, esta missão de Reitor encontrou seu termo.
Foi difícil despedir-me, mas parto sereno e contente pelas inúmeras pessoas acompanhadas, pelas vocações discernidas, pelos padres que hoje, com orgulho, abraço como irmãos no presbitério. Devolvo a Deus o talento que pelas mãos do Bispo recebi. O deposito nas mãos do nosso Bispo, qual administrador da vinha do Senhor, confiante e feliz por ter trabalhado e vivido com pessoas tão generosas: seminaristas, presbíteros, colaboradores e funcionários neste tempo de graças.

A Deus e a Nossa Senhora minha eterna gratidão.
Ao Sr. Bispo, ao clero e a todos os colaboradores, meu sincero agradecimento.
E aos seminaristas, meu obrigado, do fundo do coração, por terem feito deste tempo um tempo de formação permanente intensa para mim! Vou levá-los comigo, sempre, na recordação e na oração!

Capa Cor Unum Dezembro 2010 / Janeiro 2011


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PALAVRAS DE DESPEDIDA DA REITORIA DO SEMINÁRIO

19 de dezembro de 2010

Queridos irmãos e irmãs Amados seminaristas,

No mês de novembro passado, agradeci ao Senhor os 10 anos de minha chegada em Jaboticabal e de minha destinação ao Seminário, por desejo de Dom Luiz. Neste mesmo mês, nosso Bispo Dom Fernando acolheu meu pedido de ser liberado de um dos dois encargos diocesanos que acumulava, pois eram muito exigentes para uma única pessoa. Falo do Seminário e da Coordenação Diocesana de Pastoral, junto dos quais estava também o cuidado pastoral da Paróquia Santa Teresa. Depois das devidas ponderações, Dom Fernando optou por manter-me na Coordenação de Pastoral, a fim de que o trabalho já iniciado da 6ª Assembléia Diocesana de Pastoral pudesse prosseguir. Foi desta forma que liberou-me da Reitoria do Seminário embora mantendo-me como membro do Conselho de Formadores.

Cheguei há precisos dez anos neste amado lugar. Vim para ser professor e cuidar das economias da Casa, auxiliando o Pe. José Sidney na formação. Conheci esta casa ainda sendo construída; a fundação do Seminário como instituição formativa era muito recente e todos (formadores e formandos) estávamos muito felizes por termos, depois de tantos anos, um lar para chamar de nosso. Os desafios eram muitos... erros e acertos se alternaram com rapidez... a Providência Divina ia começando com estes pobres instrumentos uma história admirável de configuração de jovens generosos a Cristo, a maioria dos quais hoje tenho a alegria e o orgulho de abraçar como irmãos no presbitério.

Os anos foram passando. Nos acostumamos com as novas estruturas e com a casa, vieram outros desafios e necessidades. Com a chegada de Dom Fernando, para mim, houve uma grande transformação: confiou-me, sem merecimento algum, o encargo de ser o Reitor do Seminário e, com este encargo, algumas tarefas bem precisas: a) encarar o desafio de uma estrutura conjunta de formação com a Diocese de Franca; b) definir o Projeto Formativo do Seminário; c) acompanhar a provocação dos tempos, estabelecendo um estilo pedagógico de formação que alguns irão lembrar para toda a vida...

Foi um tempo de graças!
Devo confessar que senti sempre o Senhor me acompanhando com graças particulares. No curso para formadores, eu aprendi que Deus dá graças e luzes especiais aos reitores e eu sou testemunha de que isso é verdade. Nas horas de desânimo, no pesar da cruz, nos momentos difíceis e na dúvida diante de decisões importantes vi sempre o dedo de Deus mostrando-me a direção certa: isso acontecia na oração pessoal e comunitária, nas pessoas que eu encontrava e em várias seqüências de fatos que a gente não consegue explicar.

Não faltaram momentos difíceis... eles fazem parte da vida e da missão de todas as pessoas e para mim não foi diferente. Todo início é muito penoso e não foi diferente em nosso Seminário. De dificuldades financeiras ao cansaço físico e psicológico, foram muitas a tarefas a resolver... digo tarefas pois aprendemos que problemas são tarefas que devem ser resolvidas... Um desses momentos difíceis foi sempre quando, esgotadas todas as possibilidades, tive em nome do Conselho que despedir alguém do Seminário... esta é a decisão mais dura para um formador e, no meu caso, sempre precedi este momento de muita oração e confiança em Deus, sabedor de que se esta é a vocação da pessoa, posso fechar a porta de um Seminário, mas Deus abrirá outras de tantos outras casas para a pessoa. Entre todas as dificuldades, porém, acho que a incompreensão foi a mais doída lasca da cruz. Aprendemos na fé a lidar com ela e no fim até agradecemos a chance de passar por ela pois temos certeza que é a situação que mais nos aproxima de Jesus Crucificado e, portanto, da salvação.

Contudo, nunca me senti sozinho.
Para ser honesto, devo aqui mencionar algumas pessoas que foram muito importantes na missão no Seminário. Falo do Pe. Flávio, com quem aprendi muito e dividi o peso da cruz por um bom tempo... do Pe. Devair com quem compartilhei e compartilho angústias e preocupações que só cabem no coração do reitor... dos demais formadores que compartilham a preocupação de uma formação consistente em nossa Diocese, destacando o Pe. Gustavo que, nestes últimos dois anos, tanto me escutou, acolheu e incentivou... Recordo nossos colaboradores e funcionários, servindo-nos com alegria e desvelo, ajudando-nos na tarefa de formar-nos outros Cristos para o mundo, com especial menção à Eliete que, desde o início, abraçou a nossa causa e continua até hoje muito prestativa e à altura de ajudar-nos, ajuda esta que ultimamente temos recebido também da Karina... Lembro as nossas irmãs do Centro Pastoral, que com tanta oração, penitência, responsabilidade e preocupação cuidam de nós, especialmente a Ir. Elisabeth, esposa fiel de Cristo, com quem muitas vezes abri meu coração. Lembro o nosso amado Pai Dom Fernando, de quem gozei uma confiança imerecida e que soube testar minha resposta vocacional para o bem da Igreja... Lembro também minha família que procurou sempre aceitar minhas ausências de casa e muito me fortaleceu sempre. Não esqueço, enfim, os seminaristas, de todas as turmas e de todos os anos... quanta força, alegria, incentivo e motivação recebi deles. Eles foram a razão do meu estar aqui nestes 10 anos e a eles devo muito do que hoje arrisco dizer que sou. Tenham a certeza de que em qualquer lugar onde eu estiver, vocês encontrarão sempre um coração aberto e um amigo.

Confesso que ainda não consigo imaginar-me longe dos seminaristas. Vocês foram e são, diante de Deus, minha alegria mais íntima. Cada um que chega ao altar, sinto que é uma vitória conjunta, um irmão que venceu a dura batalha contra si mesmo, contra os percalços e as dificuldades vocacionais. Será difícil adaptar-me longe de vocês e meu coração me diz que vai levar muito tempo acostumar-me se é que me acostumarei. Acho que, por isso, em sua bondade, nosso Bispo não quis deixar-me livre de tudo no Seminário, fazendo-me continuar como formador e membro do conselho de formação. Mas missão é missão e geralmente tem início, meio e fim. E hoje esta missão de Reitor encontra seu termo, nesta celebração.

Enfim.... despedidas são difíceis... mas precisamos nos despedir.
Vou sereno e feliz pelas inúmeras pessoas acompanhadas, pelas vocações discernidas, pelos jovens que acompanhei no seminário como filhos e que hoje, como padres, tenho satisfação em abraçar como irmãos. Devolvo a Deus o talento que pelas mãos do Bispo recebi, depositando-o de volta nas mãos do nosso Bispo, que é o administrador da vinha do Senhor, confiante e feliz por termos juntos trabalhado e vivido neste tempo de graças.

A Deus e a Nossa Senhora minha eterna gratidão.
Ao Sr. Bispo, ao clero e a todos os colaboradores, meu sincero agradecimento.
E a vocês, queridos seminaristas, meu obrigado, do fundo do coração!
Vou levá-los comigo, sempre!

Pe. Marcelo Cervi

Pág. 04: Calendário Litúrgico- Pastoral e "Que livro estou lendo".

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Tríduo e Festa em louvor a Santo Antônio de Sant'Anna Galvão

A comunidade do Curso Propedêutico celebrou o Tríduo e a Festa em louvor a seu padroeiro Santo Antônio de Sant’Anna Galvão nos dias 20, 21, 22 e 25 de outubro. Sacerdotes convidados para presidirem as celebrações:





20/10 – Pe. Luis Fernando Neris de Souza (Vigário da Paróquia Senhor Bom Jesus de Monte Alto e Formador Espiritual);









21/10 – Pe. Rodrigo Antonio Biso (Cura da Catedral de Nossa Senhora do Carmo de Jaboticabal e professor do Propedêutico);












22/10 – Pe. Luiz Gustavo Scombatti (Reitor do Propedêutico e Vigário da Paróquia Santa Teresa de Jesus de Jaboticabal);













25/10 – Pe. Marciel Silva de Lima (Reitor da Filosofia e Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Terra Roxa).


No dia 25, pela manhã, houve Laudes solene e logo à noite a Santa Missa, com direito a sinos e fogos de artifício. Foram exibidas durante um agradável jantar, algumas fotos dos que passaram pelo Curso Propedêutico nos anos anteriores e também aos seus referentes reitores para prestar-lhes homenagem. Participaram conosco neste dia todos os seminaristas e as Irmãs Franciscanas do Centro de Pastoral Diocesano.

Leandro S. Nandes (PROP)

O Reitor do Seminário - Propedêutico Pe. Luiz Gustavo Scombatti



É hora de agradecer pelo ano formativo que se finda!

Todas as vezes que sentimos aproximar o final de um ano formativo nossos sentimentos vividos ao longo deste ano que passou se transformam em expressão máxima de alegria, pois com a Graça de Deus mais um desafio foi superado. Todas as conquistas vividas são relembradas para mostrar o crescimento que Deus foi realizando ao longo do tempo e ao longo de nossa historia de vida.

Olhar o que passou não é simplesmente ficar preso ao passado e começar a se lamentar por gestos, palavras e ações que não foram realizadas, mas é o momento de olharmos também para o futuro e ver que aquilo que ficou para trás pode ser conquistado em algum outro momento da caminhada formativa. Por isso, não podemos jamais nos esquecer que somos pessoas em constantes processos de formações e que sempre aprendemos algo novo quando um novo dia surge em nossa vida.

É muito bom e desejoso viver este momento do final de semestre, pois sentimos a necessidade também que nosso corpo tem em parar por um instante e percebermos que somos uma máquina movida pelo ativismo moderno, mas que somos humanos repletos de fragilidades e sempre dispostos a perceber na profundidade onde está o sentido das coisas que realizamos.

Também aproveito este espaço para motivar nossos seminaristas a estarem sempre contando com este meio de comunicação para expressar seus sentimentos e suas capacidades intelectuais nas publicações realizadas por meio deste veiculo comunicativo. O nosso jornal está cada vez mais interessante, pois mostra aos seus leitores como é a realidade de nossa casa de formação e como este meio faz com que sejamos sempre mais conhecidos pelo nosso povo de Deus.

Por fim, gostaria de dizer aos formandos que não devemos nos deixar levar pelo espírito do “já terminou” e que nossa casa continua com sua atividade formativa ao longo deste mês. Terminaremos apenas mais um ano acadêmico, mas nossa vida em comunidade perpetua sempre!

O Reitor do Seminário - Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima

Idas e vindas... (2)

Queridos formandos, irmãos leitores deste boletim Formativo e Informativo, muito sugestivo foi o título do artigo escrito pelo Pe. Marcelo na edição passada deste periódico: “Idas e Vindas...”. Assim é a nossa vida: cheia de idas e vindas. Nesse sentido, cá estou eu, iniciando esta nova experiência de vida, acompanhando os formandos da filosofia. Tudo é novo: casa, pessoas, cidade, trabalho. Afinal, nossa vida é feita também de novas realidades
Muito me alegro por aqui estar, pois, dentre as idas e vindas da minha vida, não muitas, quis o Senhor, no seu amor providencial, providenciar essa nova realidade em minha vida. Realidade, por que não dizer, desafiadora, pois, em minhas mãos, foi colocada a responsabilidade de uma das etapas de formação de nosso seminário.

Com as idas e vindas, responsabilidades vão surgindo, novos desafios são apontados, exigências mostrando a necessidade de sempre estarmos em estado de desinstalação. Desinstalar-se. Assim caminha a vida do padre, daquele que aceitou seguir os passos de Nosso Senhor.

Idas: sinais da graça de Deus dizendo, agora não mais aqui, mas lá. Vindas: também sinais da graça de Deus a nos dizer: faça-se em tudo a vontade do Pai.

Assim, esperançoso, me coloco diante de Deus, para que como Maria, em tudo eu possa fazer a vontade do Pai, pois, afinal, a vida é feita de “idas e vindas”.

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi

Novembro na Casa de Formação

Também se vivenciam momentos únicos como a expectativa dos que terminam o Propedêutico e, se aprovados, passam para a Filosofia e, ainda, os que da Filosofia passam para a Teologia. Ainda a expectativa de quem termina a Teologia ir para a experiência pastoral na Paróquia.
Muita ansiedade. Muitas expectativas.

Tudo será profundo e valerá à pena, porém, se for vivido na intensa amizade com o Senhor. Do contrário, não passará de ansiedade que esgota e expectativas que frustram. Se não vivermos cada momento na presença de Jesus e elaborarmos cada vivência à luz da fé prática na divina Providência, a vida não passará de um acúmulo de tarefas e uma sequência de episódios mais ou menos marcantes.

Um dos objetivos do Seminário, é, justamente ajudar que os jovens conheçam a Jesus e solidifiquem sua amizade com Ele. Com o passar dos anos, a maturidade humana de cada um deve conduzir a uma maturidade espiritual que, relativizando as aparências e ilusões, se concentre no essencial: a vida em Cristo.
Todos esses anos na Casa de Formação e o contato diário com os jovens vocacionados, além doa anos de padre que o Senhor me concedeu já experimentar, me ajudaram a entender que sem esta íntima amizade com Jesus já no período do seminário, feita de muitos momentos com Ele, não podemos agüentar o peso do ministério que logo se faz presente, com as ansiedades e expectativas, correrias e canseiras de cada novembro elevadas ao máximo.

O seminário, pois, é um treino para a vida ministerial. Que seja um treino de garra! Que seja na amizade com Jesus! Sem Ele, nada tem o sentido e o sabor que deve ter para um homem de Deus!

Com abraço e bênção, Padre Marcelo.

Capa Cor Unum - Novembro de 2010

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Calendário Litúrgico-Pastoral - OUTUBRO 2010

Igreja Missionária



Nós estamos no mês de outubro, e este mês é dedicado à atividade missionária, tendo Santa Teresinha do Menino Jesus e São Francisco Xavier como patronos. É preciso fazer com que todo povo tenha em sua mente, em sua consciência, o papel de todo o batizado, de ser missionário. E cumprindo a ordem de Jesus, “Ide por tudo mundo e pregai o evangelho a todos os povos, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, concretizaremos cada vez mais a vontade de nosso Senhor. Por isso esse mês é o mês de voltarmos para nós e observarmos as responsabilidades que temos perante o mundo, como filhos e Deus, e anunciadores do seu Amor misericordioso. O horizonte da missão é a humanidade no seu todo.

A missionariedade é dever de toda Igreja! Todos os batizados são, por sua natureza, vocacionados, ou seja, chamados a abraçar a missão como Cristo. Ser missionário e missionária é uma graça, um dom, que só quem experimenta pode dar testemunho da amplitude de seu significado.

Eu experimentei em um determinado período de minha formação uma ação missionária, onde a troca de experiência de vida entre nós missionários, ou melhor dizendo, com cada um dos que estavam ali, com o povo assistido foi positiva e enriquecedora. Particularmente, ser missionário é ser presença na vida das pessoas, não apenas a função de bater de porta em porta, mas a alegria de estar ali, naquela determinada realidade missionária. O campo missionário visitado foi o estado do Maranhão, onde as ricas experiências foram vividas.

A Conferência de Aparecida nos lembra do comprometimento como “filhos no Filho”, pois somos Discípulos e Missionários...

...como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas.(D.A. 29) ...

E um passo que devemos dar para missão é sair de nosso “mundinho”, ou seja, descruzar os braços e estar abertos a ser esses verdadeiros Discípulos Missionários. A missão também tem caráter universal que vai além, e para isso é preciso um despojamento total de si para ir ao encontro do outro, ser um como, e com Cristo. “Ele está no meio de nós” e por isso nos fala ”não tenhas medo”, assim o gesto de “arregaçar as mangas”, de lançar-se deve ser de coração aberto, pois seria vão todo o trabalho, não haveria profundidade nem a emoção verdadeira de ser discípulo e missionário, contudo a ação deve ser verdadeira, pois Ele está conosco.

Não podemos esquecer que todo lugar é lugar de missão, aqui, ali, acolá, e a preocupação missionária deve primeiro estar direcionada ao nosso redor, dentro de nossa própria casa, e também a missão alem fronteiras. Sair pelas ruas do mundo como peregrinos e anunciando a Boa Nova.

Enfim, ser missionário nos dias de hoje é um desafio muito grande, porque a prática evangelizadora que devemos exercer estar em primeiro lugar a favor da vida. Mostrar a todos que a vida deve ser valorizada, pois todos somos filhos do mesmo Pai. A busca por um mundo melhor só deve por fim ser concretizada se cada um apresentar quem é e como é o Verdadeiro Amor, em Cristo Jesus. Lembremos as palavras de Santo Agostinho, “somente se encontra a felicidade quando a busca de Deus é incessante”. Peçamos a Ele então irmãos e irmãs uma vida de santidade a cada dia, como Jesus nos pede “Sede santos, pois o Vosso Pai celeste é Santo”. Amém!

Tibério Filho (2° TEO)

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Que livro estou lendo ?

UMA BREVE HISTÓRIA DO BRASIL

O livro é estruturado de maneira muito interessante: através de temas e não como se faz usualmente a partir de datas, os autores percorrem a história do nosso país, com um estilo também interessante: contam o dia-a-dia dando a vida a todos os que foram autores da história: em primeiro lugar os índios, depois os europeus que vieram e os negros para cá trazidos.
As instituições que ajudaram a formar o país são retratadas de maneira articulada e viva: fala-se da coroa portuguesa, da Igreja Católica, das cidades nascentes, dos engenhos de cana, do sistema escravista, da monarquia e da república brasileira, e assim por diante, procurando dar a cada uma delas a sua importância e descobrindo-lhes, ao mesmo tempo, as glórias e as fraquezas.
Chama a atenção também a linguagem fácil e acessível e a riqueza de detalhes, que quase nos desenham a realidade narrada e, ainda, a coragem de descrever, num único livro uma história do Brasil densa, capaz de nos ajudar a entende que povo somos hoje, onde estão nossas raízes e quais os agentes que ajudaram ativamente a formar nossa sociedade, nossa cultura, economia e nação.
DEL PRIORE, M., & VENANCIO, R., Uma breve história do Brasil. São Paulo : Ed. Planeta do Brasil, 2010 (320 páginas, R$ 39,90)

Formados por Maria

Neste mês de Outubro no dia 12, celebraremos em todo nosso país o dia de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira Oficial do Brasil que foi proclamada em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI.

É inevitável não falar como Nossa Senhora, mãe de Jesus, deve ser tida como mãe por todos os sacerdotes ainda mais por que eles devem sempre agir in persona Christi.

As palavras do Papa João Paulo II aos Seminaristas “O homo Dei que vocês deverão ser, ou é gestado neste tempo de seminário ou não o será nunca mais” (Seminario Bom Jesus – Aparecida, 4 de julho de 1980) muito me inspira, pois como um candidato para o Seminário (hoje no curso Propedêutico), relacionar a gestação deste homo Dei com a gestação de Jesus através Maria, é lembrar que ela deve estar sempre presente na formação presbiteral, pois, se pela graça de Deus a Santa Igreja confiar a estes canditados o Sacramento da Ordem estes serão Alter Christi. Cristo que foi gestado, cuidado e educado por Maria.

Por isso que os seminaristas em meio as cinco dimensões formativas (Humana afetiva, Espiritual, Intelectual, Pastoral e Comunitária) devem ter sempre em seu coração um vinculo com Maria, mãe e educadora.

Por Maria deve perpassar todos aqueles que a seu Filho quer se configurar.

Lembremos sempre das palavras finais do Papa João Paulo II aos seminaristas: “Confio a Nossa Senhora Aparecida cada um de vocês e todos os jovens deste querido Brasil chamados ao sacerdócio.”

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós !

Cleber Bernardo (PROP)

Fantasmas: não creio, mas tremo!

As questões fantasmagóricas são em nível mundial, mas nos limitaremos no Brasil. Como é grande a crença em fantasmas! Mesmo as pessoas mais comuns que negam (por nunca terem visto) preferem "não mexer" com isso. No fundo existe o medo nas pessoas. E também quantas histórias (lendas) já ouvimos, principalmente de nossos antepassados.


De fato, falar sobre fantasmas é muito interessante e prende a atenção de qualquer pessoa. De lendas, as questões sobre fantasmas passavam a ser assunto para a ciência, principalmente na área da psicologia e mais ainda na parapsicologia.

Através destas ciências sabemos que nosso inconsciente ocupa 90% de toda a capacidade mental, ou seja, é capaz de produzir muitos fenômenos (de efeitos telepáticos e de efeitos físicos). Com relação aos fantasmas, nos limitaremos aos fenômenos de efeitos físicos.

Os fenômenos de efeitos físicos acontecem por influxo do psiquismo sobre a matéria. As energias orgânicas (elétrica, térmica, motora, etc.) que se transformam e se exteriorizam, causam efeitos físicos com massa, p
eso e estrutura. Estes fenômenos são chamadosEctoplasma.

A exteriorização dessas energias (produção do ectoplasma) provinda de uma pessoa viva (inconscientemente), produz a imagem física de um fantasma inteiro de acordo com a idéia do dotado parapsicologicamente, porém esta imagem é tênue (com características típicas de um fantasma - pouco transparente, flutuante, leve, etc.). Este fenômeno de produção de um "fantasma" é chamado Fantasmogênese.

Nenhum fenômeno de efeito físico é possível fora de uma distância de um raio de 50 metros, ou seja, se afastarmos todas as pessoas vivas de uma casa "mal assombrada", a mais de 50 metros, é impossível registrar qualquer fenômeno para-normal de efeito físico.

Podemos concluir que este fenômeno não passa de uma faculdade parapsicológica humana chamada fantasmogênese e que não tem nada a ver com fantasmas e espíritos do além.

Por falta de intrução é muito mais fácil e cômodo criar esta mentalidade mágica e fantasmagórica como forma de explicação. Errado ! Vamos estudar !
Thiago Cezar Giannico - 2° TEO

O Reitor do Seminário - Propedêutico Pe. Luiz Gustavo Scombatti



Nossa vocação é deixar o coração aberto à missão!

Durante o mês de outubro nosso coração tem um olhar totalmente voltado para o campo das missões, mas não podemos nos esquecer que primeiramente, antes de anunciarmos a Boa Nova de Jesus Cristo precisamos nos encontrar com sua pessoa e viver realmente seu Mandamento de Amar a Deus e ao Próximo.

Quando sentimos o chamado de Deus tocar em nosso coração para o serviço da Igreja, temos que estar conscientes de que estamos nos abrindo totalmente para as diversas necessidades que a Igreja precisa, ou seja, temos que estar preparados a todo instante para viver o despojamento de nós e nos colocarmos diante do serviço ao nosso semelhante.

É evidente que todo processo de formação requer um amadurecimento progressivo de nossa vocação para nos colocarmos diante da realidade em sermos missionários, também esta vocação requer muita paciência e perseverança, pois os desafios da missão são muito grandes mostrando que devemos ver Deus nas realidades mais difíceis da vida de um povo e de toda uma comunidade.

Mas missão não é somente um “ir para fora”, ou seja, (ad gentes), mas é algo que começa dentro de nós na constante busca por uma vocação concreta, capaz de nos fazer realmente seguidores do Cristo humilde e sofredor. O Reino do Céu tão desejado por todos os fies para ser alcançado, precisa passar pela cruz que são os desafios de anunciar o Evangelho para os nossos semelhantes.

É seguindo o testemunho e o exemplo dos santos que vamos celebrar durante este mês, isto é, desde Terezinha de Jesus até São Francisco Xavier que vamos perceber o quanto o coração deles ardia em ser testemunha do amor fiel pelo Evangelho. Se nós queremos realmente ser discípulos – missionários temos que sempre ter este mesmo ardor para realmente vivermos nossa missão de anunciar o Reino para aquelas pessoas que estão afastadas ou ainda não conhecem Jesus Cristo.

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi


IDAS E VINDAS.... SEMPRE EM MISSÃO

Acabamos de nos despedir do Pe. Flávio Profito como formador da Filosofia. Abraçamos o pe. Marciel que vem assumir este trabalho. Idas e vindas... sempre em missão! Com esta realidade, nossas casas formativas iniciam o mês missionário, compreendendo que nossa vocação e missão não pertencem a nós, mas fazem parte de um sonho de Igreja e de suas necessidades.

Neste mês de outubro, comumente chamado de “Mês missionário”, a Igreja nos convida a descobrir nossas raízes de gente enviada, pelo Batismo, a anunciar a Palavra que salva e dá sentido ao ser humano, sensíveis às urgências do anúncio que a Igreja nos apresenta.

Depois da Conferência de Aparecida, nos Seminários do Brasil tem havido um grande esforço para despertar o sentido missionário da vocação presbiteral. Formadores e formandos muitas vezes são interpelados pela própria vida da Igreja: como abrir-nos ao apelo de um ministério presbiteral que ultrapasse o âmbito diocesano?

 
Recebemos recentemente um DVD enviado por Dom Esmeraldo Farias de Barreto, Bispo de Santarém do Pará e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, que narra algumas experiências que tem ajudado os jovens seminaristas a sentir o apelo missionário em sua caminhada formativa. São situações simples e fortes, que questionam, despertam, impulsionam...

Bem sabemos, porém, que o missionário não vai em seu nome e não parte por sua própria conta. É sempre um enviado de Deus, em nome da Igreja. Que este mês missionário, então, desperte nos jovens corações dos que se prepararam para o presbiterado o desejo de ir além.... mas desperte também, na nossa Igreja Diocesana enquanto tal, o desejo de enviar e os projetos missionários que alimentarão este desejo de ir.

 

Capa Cor Unum - Outubro de 2010 - Missão e Partilha

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Calendário Litúrgico, Aniversariantes do Mês e Homenagem ao Pe. Flávio (Pág. 04)


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3º CONGRESSO VOCACIONAL DO BRASIL

A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, por meio da Pastoral Vocacional, realizará o 3º Congresso Vocacional do Brasil, de 03 a 07 de setembro, na cidade de Indaiatuba (SP). Segundo os organizadores, o evento propõe-se a celebrar a caminhada do serviço de animação vocacional, a aprofundar a teologia das vocações na perspectiva do discipulado e da missionariedade, a consolidar a identidade do animador e do serviço de animação vocacional, e a oferecer pistas de ação para o trabalho vocacional.

O 3º Congresso vai permitir uma participação diversificada e qualificada de animadores vocacionais, nas suas diversas fases. “O simples fato de estar juntos e se encontrar, de refletir e partilhar as próprias práticas, de celebrar e propor metas e diretrizes favorecem uma convergência nas prioridades e nas ações, nos princípios e valores, garantindo a unidade
no caminho e a riqueza das vocações para a vida e a missão da Igreja no mundo”, destacou o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, padre Reginaldo de Lima.

Os Congressos anteriores se abriram para as questões da antropologia e da cultura vocacional, da inculturação e da evangelização, da oração e da espiritualidade, da integração das pastorais, da pedagogia e do planejamento, do itinerário vocacional. Este ano, o tema será “Discípulos missionários a serviço das vocações”, e o lema “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações”.

As fichas de inscrições já foram distribuídas para os coordenadores regionais da CNBB. As vagas são limitadas e serão preenchidas de acordo com os critérios já estabelecidos pela secretaria geral do Congresso.

Outras informações acesse a página do congresso no endereço: www.cnbb.org.br/site/eventos/congresso-vocacional.

Que Livro estou lendo ? (2/2)



FILOSOFIA PARA ENTENDER TEOLOGIA

Este grosso e interessante volume tem um objetivo curioso: selecionar alguns conteúdos filosóficos que influenciaram seja a teologia que a doutrina cristã ao longo dos séculos. É um projeto audacioso: examina tópicos de Platão, dos estóicos, de Plotino, de Aristóteles... destaca elementos do nominalismo, do humanismo, racioalismo, empirismo e iluminismo, bem como do existencialismo e da fenomenologia e os coloca criticamente em conexão com a atividade dos teólogos, fazendo-nos perceber como as linhas de pensamento influenciam, de certa forma, nossa concepção das questões centrais do conhecimento teológico e também do próprio conteúdo da fé.

O livro é uma grande ajuda aos nossos estudantes do Seminário e a todos os presbíteros que se interessam pela fundamentação séria da teologia, que nos liberta de duas tendências perniciosas do discurso teológico nas bases: o dogmatismo (tanto da Palavra tomada ao pé da letra quanto da apologética e o “achismo”: acho isso ou acho aquilo e assim é. Só uma teologia bem fundada em suas fontes e sustentada num discurso filosófico convincente pode livrar-nos de superficialidades tão antagônicas...

O problema é que, em nossos dias, muitos duvidam do valor da filosofia diante da teologia e até que ponto pode existir uma mútua ajuda pois muitas vezes o desconhecimento ou o conhecimento supercifial de algum termo chave ou conceito filosófico acaba prejudicando a compreensão do conteúdo teológico.

Nesse sentido, concordo com o autor quando diz: “Não admira que a conhecida pergunta retórica de Tertuliano: ‘O que Atenas tem a ver com Jerusalém?’ seja tão popular entre os estudantes. A eles não foi mostrado que o conhecimento filosófico nos capacita a apreciar mais profundamente o significado de virtualmente qualquer formulação doutrinária relevante e qualquer teólogo importante. Eles tem a impressão de que a filosofia é de pouca utilidade; assim, seguem seus caminhos perdendo a oportunidade de ter um contato mais frutuoso com a teologia...”

Um livro, portanto, bom e oportuno, que ajuda a pensar muitas questões teológicas do Ocidente Cristão a partir de várias reflexões filosóficas. Uma leitura densa mas prazerosa que nos ajuda a repassar os momentos mais vistosos da história da filosofia e, conseqüentemente, várias partes da história da teologia. (ALLEN D. e SPRINGSTED E., Filosofia para entender Teologia. Santo André : Academia Cristã; São Paulo : Paulus, 2010)

Pe. Marcelo A. Cervi Professor de Escatologia no CEARP (Centro de estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto)

Que Livro estou lendo ? (1/2)


O SEGREDO DA SAGRADA EUCARISTIA
Professor Felipe Aquino

Devido o ano do XVI Congresso Eucarístico Nacional que teve como tema: “Eucaristia, Pão da unidade dos discípulos missionários” é que apresento a todos a obra do professor Felipe Aquino na qual tive a oportunidade de ler: “O segredo da sagrada Eucaristia”.

O livro nos mostra o grande amor de Cristo por nós que é apresentado na instituição da Eucaristia quando Ele mesmo deixa o seu Corpo e o seu Sangue para a nossa santificação. Jesus para ser honrado e receber o amor que merece instituiu o sacramento do seu Corpo e Sangue que infelizmente é tratado com mais ingratidões do que com amor, mas sendo um Rei de grande misericórdia, Cristo santifica toda a humanidade sem sair do sacrário. Dali Ele governa o mundo e a Igreja e nos chama para que o imitemos pela salvação da humanidade.

Felipe Aquino aborda vários temas relacionados á nossa realidade que partem para varias dimensões dentre as quais a adoração, pois ela aumenta em nós o amor a Jesus sacramentado; São Pedro Julião completa esta afirmação desta forma: “considerai a hora da adoração que vos cabe como uma hora celestial, ide a ela como ireis ao céu”.

Um ponto que deve ser bem levado em conta é justamente a preparação rigorosa para receber a Sagrada Eucaristia, lembremo-nos sempre o que nos diz São Paulo: “Por isso todo aquele que comer do pão e beber do cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e Sangue do Senhor. Portanto cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo e o Sangue, come e bebe a própria condenação”. (1 Cor. 11, 27-28).

Enfim, Felipe Aquino nos apresenta vários conteúdos que nos levarão sem duvida a um conhecimento mais profundo do mistério da Eucaristia e sua importância para a vida da Igreja, pois como disse João Paulo II: “A Igreja vive da Eucaristia”.

Alexandre Malaguti (PROP)

O Reitor do Seminário - Propedêutico Pe. Luiz Gustavo Scombatti



A Bíblia em nossa Vida

Seguindo a tradição da Igreja no Brasil, o mês de setembro é dedicado à Sagrada Escritura para que os católicos tomem cada vez mais consciência da do valor que a Bíblia possui em sua caminhada de fé. Por diversas vezes, falamos que Deus se comunica conosco de vários modos, dentre os quais está a Palavra Revelada ao longo da história da humanidade.

Precisamos sempre ter uma boa formação bíblica, não apenas para dizer que sabemos trabalhar com a Sagrada Escritura, mas para que possamos trazer principalmente para nossa vida os ensinamentos nela contidos. Saber trabalhar com a bíblia é algo que deve ser aprendido desde os primeiros ensinamentos sobre a fé que devem ser realizados em família, Em muitas ocasiões ficamos esperando que os catequistas ensinem as crianças a “mexer” na bíblia, mas não podemos nos esquecer jamais que os primeiros catequistas são sempre os pais.

Não pode mais ser concebível para um cristão não ter a Palavra de Deus em sua casa, mas ela não pode ser apenas mais um “objeto de decoração” nas estantes, e sim, como lugar aonde Deus vai se revelando aos homens desde todos os tempos. Mas jamais podemos nos esquecer que não podemos interpretar a bíblia com a nossa vontade e sim devemos entendê-la e estudá-la fundamentada com uma sã teologia baseada também com a Tradição e no Magistério da Santa Mãe Igreja.

Todas as vezes que nos colocamos diante da Palavra de Deus precisamos fazer uma “Leitura Orante”, ou seja, devemos trazer para a vida os ensinamentos contidos na Sagrada Escritura, assim, veremos que aquilo que foi escrito no passado é cada vez mais atual quando nos deparamos com o nosso caminhar na fé. Para que possamos cada vez mais entender de modo correto a Sagrada Escritura, não podemos perder os momentos de formação que são oferecidos ao longo de toda nossa caminhada formativa e através das formações pós – seminário, ou seja, através da formação permanente. Esta formação não pode ser vista apenas como um momento de nossa vida, mas sim é algo que deve perpetuar por todo sempre.

Por fim, queremos que a Sagrada Escritura seja sempre a constante revelação do amor divino completado em Jesus Cristo e continuado ao longo de toda história, ou seja, não podemos anular o Antigo Testamento e viver apenas o Novo, mas precisamos sempre fazer a leitura do projeto que Deus tem para toda a humanidade desde todos os tempos, para que assim, nós também nos consideremos como destinatários da história da salvação dada gratuita por Deus para todos nós.

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi


“Lâmpada para os meus passos é Tua Palavra e luz no meu caminho!” – Sl 119,105

Irmãos e irmãs!
Neste mês de setembro, vemos inúmeras iniciativas que ajudam o nosso povo a entender o valor e o lugar da Palavra de Deus na vida pessoal e comunitária. Em nosso Seminário não é diferente: como primeira iniciativa, revaloriza-se ainda mais a leitura orante da Bíblia. Depois, é-nos dada a chance de participar de um Curso Bíblico com o amigo Pe. Paiva sj que trabalha o tema do discipulado nos Evangelhos e das aparições do ressuscitado. Tudo para que a Palavra de Deus esteja sempre e cada vez mais no seu lugar de lâmpada para os passos e luz para o caminho de cada dia.

Neste mês nos despedimos do nosso amigo e companheiro de vários anos na formação, Pe. Flávio José Profito. Ele se despede de suas funções pastorais na Diocese e, consequentemente, do trabalho formativo e encaminha-se para Roma, a fim de cursar o mestrado em Direito Canônico. Foram vários anos de muita preocupação e entrega de si pelo Seminário: formador do Propedêutico, formador da Filosofia, professor do Ifitensc, responsável financeiro do Ifitensc e, ultimamente, responsável pelo financeiro do nosso Seminário, entre outras tarefas que a formação lhe pediu. Queremos agradecer de coração ao Pe. Flávio por toda a sua dedicação e empenho, pedindo a Deus e a Nossa Senhora que o recompensem com abundantes graças, para que tenha agora êxito em seus estudos e seja sempre feliz em sua vida e ministério!

Continuando o trabalho do Pe. Flávio, acolhemos com alegria o Pe. Marciel Silva de Lima, Pároco de Terra Roxa, que chega para acompanhar os seminaristas da Filosofia, integrando a equipe de Formadores internos do Seminário. Fazemos votos que o Pe. Marciel seja feliz em sua tarefa, assistido pelo Espírito Santo e pela intercessão materna da Virgem do Carmelo, contando com nossa colaboração e carinho.

 
Que este mês de vivências tão intensas e de mudanças no Seminário seja vivido em paz e na fraternidade daqueles que se colocam juntos no seguimento de Jesus. Que todas essas dinâmicas da vida nos ajudem a enxergar que somos todos na única e mesma Igreja, na diversidade de tarefas e ministérios que devemos desempenhar ora aqui ora ali, mas sempre unidos no “sensus Ecclesiae” pela unidade do Amor que chamou cada um a amar.

Virgem Santíssima do Carmo, Patrona do nosso Seminário, rogai por nós!

 
1° Página - Edição V de Setembro 2010


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Mensagem dos participantes do I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas

Brasília, 10 de julho de 2010
Aos Senhores bispos, formadores e amigos seminaristas,

Entre os dias 04 e 10 de julho, nós, cerca de 150 seminaristas, 10 formadores e alguns bispos dos diversos regionais do Brasil, estivemos reunidos em Brasília participando do Iº Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, com o objetivo de ajudar-nos a assumir a dimensão missionária universal da vocação cristã e presbiteral.

Gostaríamos de transmitir a todos quão rica foi a experiência deste Congresso e a grande festa da alegria e da unidade celebrada aqui na capital do nosso país em favor da missão.
Conduzidos pelo lema: chamados para estar com Ele e enviados (Mc. 3,14) e o tema formação presbiteral para uma missão sem-fronteiras, tivemos a graça de nos deparar com as realidades do campo formativo, nas dimensões voltadas para missão.Observamos as realidades eclesiais e formativas e chegamos à conc lusão de que ainda temos que trabalhar muito para se chegar àquilo que é vontade da Igreja Universal e Latino-Americana: despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário (DAp. 548).

É bem verdade que, em alguns Seminários e Institutos, o sentido da vocação sacerdotal mais missionária está em plena atividade. Porém, é também fato de que em outros Seminários e Institutos o termo missão não recebe a devida atenção.
Iluminados pelo Espírito de Deus, e impulsionados pelo espírito de Aparecida, queremos que esta realidade seja transformada e transfigurada segundo a vontade de Deus para o nosso tempo, hoje, na Igreja do Brasil. Queremos melhorar o ambiente relacional estrutural do Seminário para que, como uma comunidade autenticamente cristã, formadores e formandos se unam em prol da vocação primeira da Igreja: a missão, a serviço do Reino de Deus. Queremos ser missionários padres e não padres mi ssionários.Cônscios da real necessidade de formarmos nos Seminários vocações verdadeiramente missionárias, vimos, por meio desta, encarecidamente pedir aos senhores bispos, formadores e seminaristas, que desenvolvam nos Seminários e Institutos uma formação voltada para a missão além-fronteiras. Cremos que se houver investimento, numerosas vocações missionárias brotarão no seio dos Seminários, a começar por nós que participamos deste Iº Congresso Missionário.
De Brasília voltamos para os nossos regionais dispostos a colaborar, com vivo ardor missionário, na conscientização missionária dos irmãos de Seminário e na constituição de organismos que favoreçam a missão em nossas casas de formação, como o Conselho Missionário dos Seminários (COMISE) e a Formação Missionária para Seminaristas (FORMISE).
Contamos desde já com o apoio de todos, pois o benefício não é para a nossa promoção pessoal, mas, para a promoção de todos os povos do orbe e para o bem da Igreja que age em nome de Cristo e a Ele se dirige.
Certos da atenção de todos a este pedido, reiteramos nosso desejo, de juntos, animados e guiados pelo Divino Espírito, construirmos no coração dos Seminários e Institutos, uma mentalidade viva e ardente direcionada a missão sem-fronteiras, tornando a Igreja no Brasil cada vez mais missionária.

Os participantes do I Congresso
Missionário Nacional de Seminaristas





Em Cristo Jesus

Trecho da homilia do Papa Bento XVI no encerramento do ANO SACERDOTAL

Deixamo-nos guiar pelo Cura d’Ars, para voltarmos a compreender a grandeza e a beleza do ministério sacerdotal. O sacerdote não é simplesmente o detentor de um ofício, como aqueles de que toda a sociedade tem necessidade para nela se realizarem certas funções. É que o sacerdote faz algo que nenhum ser humano, por si mesmo, pode fazer: pronuncia em nome de Cristo a palavra da absolvição dos nossos pecados e assim, a partir de Deus, muda a situação da nossa vida. Pronuncia sobre as ofertas do pão e
do vinho as palavras de agradecimento de Cristo que são palavras de transubstanciação – palavras que O tornam presente a Ele mesmo, o Ressuscitado, o seu Corpo e o seu Sangue, e assim transformam os elementos do mundo: palavras que abrem de par em par o mundo a Deus e o unem a Ele.

Por conseguinte, o sacerdócio não é simplesmente «ofício», mas sacramento: Deus serve-Se de um pobre homem a fim de, através dele, estar presente para os homens e agir em seu favor. Esta audácia de Deus – que a Si mesmo Se confia a seres humanos; que, apesar de conhecer as nossas fraquezas, considera os homens capazes de agir e estar presentes em seu nome – esta audácia de Deus é o que de verdadeiramente grande se esconde na palavra «sacerdócio». Que Deus nos considere capazes disto; que deste modo Ele chame homens para o seu serviço e Se prenda assim, a partir de dentro, a eles: isto é o que, neste ano, queríamos voltar a considerar e com
preender.


Queríamos despertar a alegria por termos Deus assim tão perto, e a gratidão pelo fato de Ele Se confiar à nossa fraqueza, de Ele nos conduzir e sustentar dia após dia. E queríamos assim voltar a mostrar aos jovens que esta vocação, esta comunhão de serviço a Deus e com Deus, existe; antes, Deus está à espera do nosso «sim». Juntos com a Igreja, queríamos novamente assinalar que esta vocação devemos pedi-la a Deus. Pedimos operários para a messe de Deus, mas este pedido a Deus é simultaneamente Deus
que bate à porta do coração de jovens que se considerem capazes daquilo de que Deus os considera capazes. Era de esperar que este novo resplendor do sacerdócio não fosse visto com agrado pelo «inimigo»; este teria preferido vê-lo desaparecer, para que em definitivo Deus fosse posto fora do mundo. E assim aconteceu que, precisamente neste ano de alegria pelo sacramento do sacerdócio, vieram à luz os pecados dos sacerdotes – sobretudo o abuso contra crianças, no qual o sacerdócio enquanto serviço da solicitude de Deus em benefício do homem se transforma no contrário. Também nós pedimos insistentemente perdão a Deus e às pessoas envolvidas, enquanto pretendemos e prometemos fazer tudo o possível para que um tal abuso nunca mais possa suceder; prometemos que, na admissão ao ministério sacerdotal e na formação ao longo do caminho de preparação para o mesmo, faremos tudo o que pudermos para avaliar a autenticidade da vocação, e que queremos acompanhar ainda mais os sacerdotes no seu caminho, para que o Senhor os proteja e guarde em situações penosas e nos perigos da vida.

Se o Ano Sacerdotal devesse ser uma glorificação do nosso serviço humano pessoal, teria ficado arruinado com estas vicissitudes. Mas, para nós, tratava-se precisamente do contrário: sentir-se agradecidos pelo dom de Deus, dom que se esconde em «vasos de argila» e que sem cessar, através de toda a fraqueza humana, concretiza neste mundo o seu amor. Assim consideramos tudo o que sucedeu como um serviço de purificação, um serviço que nos lança para o futuro e faz agradecer e amar muito mais o grande dom de Deus. Deste modo, o dom torna-se o compromisso de responder à coragem e à humildade de Deus com a nossa coragem e a nossa humildade.

CURSO DE LECTIO DIVINA

"Tua Palavra é Lâmpada para os meus pés, Senhor, Lâmpada para meus pés Senhor luz para meu caminho”
Enviados pela Diocese de Nossa Senhora do Carmo de Jaboticabal, os seminaristas Audive José Bissoli e Renan Beijo Rocha participaram da Formação de Lectio Divina, em Aparecida do Norte no Seminário Redentorista Santo Afonso. Este curso teve pleno êxito com a participação de 85 jovens seminaristas de diversas Dioceses e Congregações de todo Brasil. “O Discipulado da Palavra: Escola de missionários á serviço da vida.” foi o tema da formação da Oficina de treinamento da Leitura Orante da Palavra para o Brasil.


O ponto de partida foi a 5º Conferencia do CELAM, acontecida em Aparecida, na qual o Papa Bento XVI alertou aos Bispos presentes que somos chamados a ser Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, ressaltando que é preciso “fundamentar nosso compromisso missionário e a nossa vida na rocha da Palavra de Deus”. (D.A 247). Juntamente com o Santo Padre, os Bispos responderam que é de fundamental importância durante os anos de formação, que os seminaristas sejam autênticos discípulos, chegando a realizar um verdadeiro encontro pessoal com Jesus Cristo na oração e na Palavra.

O Assessor do Encontro, Padre Fidel, nos apresentou durante o curso cinco pontos fundamentais para a compreensão e a realização da Leitura Orante em nossa vida e de nossas comunidades, sendo eles: A preparação para entrar na Lectio Divina, Os quatro movimentos da Lectio Divina, Como terminar a Lectio Divina e a “Formação de Cristo” segundo a Lectio Divina e por fim as Dificuldades que precisam ser superadas na prática da Lectio Divina.

A riqueza das palestras nos impulsionou ao exercício da Leitura Orante da Bíblia para suscitar em cada um dos seminaristas presentes a atitude discipular e missionária que fundamenta o ministério, assim como pede o Documento de Aparecida, fazendo dos futuros presbíteros Mestres da Palavra para suas comunidades.

- SEMANA MISSIONÁRIA 2010 -

Todos os anos no mês de julho, o Seminário reserva uma semana para que os seminaristas possam – mais intensamente – fazer uma experiência de missão em determinado lugar da Diocese com o objetivo de conhecer melhor a multiforme realidade de nosso povo e da Diocese; inserindo-se no clamor da Igreja da América Latina, no Documento de Aparecida, que quer formar e ver atuantes verdadeiros “discípulos missionários de Jesus Cristo” e acima de tudo obedecer ao mandato do próprio Senhor Jesus: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28, 19) e mais ainda, “proclamai que o Reino dos Céus está próximo” (Mt 10, 7).

Neste ano, a Semana Missionária aconteceu na Paróquia Santo Antônio de Pradópolis de 18 a 25 de julho. Diferentemente dos anos anteriores, este ano tivemos uma experiência surpreendentemente nova, pois as Missões foram realizadas massivamente no campo e não na cidade (como é de costume), de modo particular no assentamento Horto Guarani e na colônia Pirajú. Participaram destas Missões os seminaristas que cursam filosofia e teologia.

Além disso, tivemos momentos muito ricos e profundos com as visitas que fizemos a situações bem específicas, entre elas destacam-se as visitas a todos os enfermos, sentindo a fragilidade humana diante da doença e da idade avançada; as encarceradas do presídio feminino de Pradópolis, um momento único e de forte impacto para a maioria de nós que nunca tínhamos estado em tal situação; e o momento em que estivemos no corte de cana junto aos cortadores na usina Moreno, trabalho que exige muito esforço físico e que apresenta diversos riscos a saúde, por isso têm cuidados especiais.


Fomos sempre bem recebidos seja pelo Pe. Rodrigo Sicherolli seja pelos fiéis e que pelas pessoas não católicas que nos acolheram com cordialidade. A convivência nestes dias com tais pessoas representou momentos de graça e de criação de vínculos fraternos duradouros.

A Semana Missionária é o tempo da graça do Senhor operando na vida do povo, principalmente na nossa; seminaristas missionários enviados pela Igreja para o anúncio do evangelho de salvação. Somos guiados pelo divino Espírito Santo aos corações sedentos da consolação que só Deus pode oferecer. A semana missionária é o tempo propício e oportuno de formação intensa fora da sala de aula e de enorme crescimento humano e espiritual para todos nós que buscamos seguir em tudo nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo.

A força, portanto, que tem as Missões é tal, que jamais poderíamos prescindir deste breve tempo anual de espargir o amor e os ensinamentos do Verbo encarnado a todos os cantos. É tempo, sobretudo, de realizar a vontade de Deus em nossa própria vida e na vida do mundo. E é nisto tudo que encontramos o sentido último de nossa vocação.

Fábio Senna (1º TEO.)



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