"Aniversariantes do Mês !"

Abril

09 - Valdemir Araújo da Silva (FIL)
13 - Fábio Ferreira Senna (TEO)
14 - Hygor Henrique Kuster (PROP)
25 - Robert Ferreira (FIL)
26 - Dra. Eliete Cascaldi Sobreiro (Psicóloga)
27 - Audive José Bissoli (TEO)
30 - Paulo Augusto Sesso Salazar (TEO)





"Todo dia é uma nova oportunidade que a vida oferece a quem nela crê. Desejamos a você muitas alegrias, que o Senhor Nosso Deus te conceda sabedoria, prudência e perseverança na caminhada. Feliz Aniversário!"

Início do Curso Propedêutico - 2011

Sob a afirmação evangélica “nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4), iniciamos, no dia 13 de março, 1º Domingo da Quaresma, o Curso Propedêutico “Santo Antônio de Sant'Anna Galvão”, da Diocese de Jaboticabal. 

A celebração, presidida por nosso bispo diocesano dom Antônio Fernando Brochini, CSS, e concelebrada pelo Reitor do Seminário Diocesano, Pe. Paulo Fernando Miki, e pelo Formador do Propedêutico e da Filosofia, Pe. Marciel Silva de Lima, foi um convite a refletirmos sobre as tentações de Jesus no deserto. A partir delas, dom Fernando fez um paralelo com as tentações dos candidatos ao presbiterado.

Tivemos a alegria de contar com a presença de nossos familiares e amigos, que receberam de dom Fernando o agradecimento por “terem entregado seus filhos à Igreja com boa vontade”; receberam também o encargo de “ajudarem na formação e prosperidade de seus filhos.”

Após a Santa Missa, participamos de um almoço festivo para comemorar a abertura do ano letivo de 2011, no Curso Propedêutico, que tem como objetivo “ser um tempo de preparação humana, cristã, intelectual e espiritual para os candidatos ao Seminário Maior, em vista de um discernimento vocacional” (cf. Doc. 55 da CNBB, 53; PDV, 62). 

Caio Veiga – PROP

"Meio Ambiente: Responsabilidade de todo homem, sobretudo do Cristão"

O meio em que nós, seres humanos, vivemos está constantemente ameaçado, o que põe em risco nossa própria vida, que se torna também ameaçada, já que integramos a natureza do planeta. Todavia, a maior ameaça ao meio ambiente não são os terremotos, os tsunamis, as forças da natureza, cujas forças nós não controlamos, mas o tamanho da ação ambiciosa do ser humano sobre a natureza dada por Deus para que cuidássemos dela e a cultivássemos. O homem entendeu errado o mandato divino quando diz: “enchei a terra e submetei-a; dominai sobre [...]” (cf. Gn 1,28). Pois, “o verbo submeter, em hebraico, kabash, no contexto da cultura semita tem como foco principal a terra e o seu cultivo, e o verbo dominar é outra tradução do hebraico radah, que possui o sentido de cultivar, organizar e cuidar” (CF 2011. Texto-Base, n. 106).

Como visto, não foi concedido ao ser humano a posse da natureza no sentido de senhorio ou domínio tal como o entendemos hoje, mas naquele sentido semita, exposto acima. “O livro do Gênesis é claro quanto a isso ao afirmar que Deus colocou o ser humano no jardim para o cultivar e guardar” (cf. Gn 2,15) (CF 2011, n. 106).

A partir disso, conclamamos todos os homens, mulheres, jovens e crianças a assumirem sua parte de responsabilidade no cuidado equilibrado, harmonioso e sustentável do grande jardim, o planeta que habitamos. Porém, para que isso se torne realidade, se transforme em gestos concretos, todos nós devemos passar por uma conversão de pensamento e comportamento no dia-a-dia, desde o trivial até o mais complicado. É preciso comedimento no usufruto dos bens do jardim do Criador. Neste sentido, vale lembrar uma frase certa vez pronunciada por Mahatma Gandhi: “o mundo tem recursos suficientes para atender às necessidades de todos, mas não à ambição de todos.”

Uma maneira eficaz de nos percebermos como parte integrante da criação é redescobrirmos o dia do Senhor, o Domingo, para nós, cristãos; no livro do Gênesis é o sétimo dia da Criação, quando Deus descansou de toda a obra criada. O mundo vive hodiernamente num ritmo mecânico, intenso e ininterrupto, altamente prejudicial à saúde do homem e à saúde do planeta. O que se visa são a produção e o lucro desmedidos. Assim, “o descanso deve ser respeitado não apenas para o ser humano, mas também para toda a natureza” (CF 2011, n. 125). É necessário imbuir de sentido e de valor novamente o Domingo, o dia do Senhor, no qual nos reunimos para a festa da Eucaristia e no qual aproveitamos também para deixarmos de fazer o cotidiano e nos colocarmos numa pausa restauradora para nós e consequentemente para a natureza. 

“De eucaristia em eucaristia, os cristãos vão sendo configurados a Cristo.” Portanto, “dos que se reúnem para celebrar eucaristia, se espera que possam assumir atitudes em prol do cuidado para com a vida no planeta em todas as suas dimensões, e, especialmente dos pequeninos, os mais afetados pelas mudanças climáticas em curso. É desta forma, que a Igreja, através de suas comunidades, se faz discípula e missionária de nosso Senhor. E irá cumprir sua missão” (CF 2011, n. 179).

Fábio Senna – 2º TEO

"A importância da mulher na Formação Presbiteral"

“O mundo é bem agitado pela força viril, mas não pode ser fecundado, no sentido profundo do termo, senão sob o signo da mulher.” Gertrud Von Le Fort 

A presença da mulher nos seminários católicos, nas mais variadas atividades profissionais, atesta a preocupação da Igreja em formar presbíteros aptos a viverem em uma sociedade diferenciada. É uma decisão consciente quando faz a opção em dialogar com o diferente e assimilar a Alteridade feminina.

Esta experiência de integrar masculino e feminino na formação dos futuros presbíteros pauta-se na confiança de que o resultado será sempre de crescimento de ambos os lados e na certeza de sermos a imagem e semelhança de nosso Deus.

No campo da afetividade, o convívio entre homens e mulheres é bastante humanizante, pois “não se concebe mais os antigos modelos de formação para o celibato sacerdotal, no qual as regras, o controle e até mesmo a negação da sexualidade eram a tônica para uma ascese celibatária” (Maria Joaquina Fernandes Pinto, teóloga).

Em sua significação simbólica, podemos entender duas manifestações do feminino a partir da figura de Maria, como imprescindível para a humanização integral do ser humano.

Gertrud Von Le Fort, poetisa e escritora alemã, no seu livro “A Mulher Eterna”, escreve: “O símbolo do véu confere à mulher, antes de tudo, o invisível: amor, bondade, piedade, solicitude e proteção, todos os valores cuja substância se acha realmente escondida no mundo e na maior parte do tempo traída, e é o símbolo do metafísico.” Assim entendemos que confere à mulher o significado simbólico da interioridade da vida, com seu mistério de acolhida, germinação e fecundidade. Enquanto ao homem se atribui a ação criadora e de transformação.

A outra manifestação simbólica do feminino expressa-se em atos de oferenda. Para Gustavo Coração, “A mulher gera vida, dá-se a um outro ser para que ele viva; ela tem na sua natureza, na sua alma, no seu corpo, as fontes da vida.”

Assim sendo, podemos pensar que a presença do feminino num meio exclusivamente masculino – como era até bem pouco tempo atrás os seminários católicos – vem reforçar dois elementos vitais que estão escassos no mundo moderno: o gosto da invisibilidade e da interioridade, bem como o fortalecimento da alegria da doação de si mesmo.

A mulher que vive em seu interior estes princípios femininos pode com suas atitudes auxiliar na realização plena do ser humano e fortalecer o mundo atual com o espírito cristão da simplicidade e da caridade.

Dra. Eliete Cascaldi Sobreiro – PSICÓLOGA


Dra. Eliete é nossa amiga e formadora - como psicóloga - em nosso Seminário Diocesano a muitos anos.

A Quaresma prepara a celebração do Tríduo Pascal

Há pouco iniciamos o Tempo da Quaresma, que é um tempo no qual, pela intensidade do convite ao jejum, à esmola e à caridade, a Igreja nos concede a graça de nos prepararmos melhor para a celebração da Páscoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Para a Igreja, o Domingo de Páscoa é todo especial e deve ser destacado de todos os outros do ano, justamente porque nele se celebra a Ressurreição. Aliás, é justamente a Ressurreição que dá nome ao dia em que ela é celebrada: domingo vem do latim Dies Domini que significa o Dia do Senhor. Foi em um domingo, o primeiro dia da semana (cf. Mt 28,1; Mc 16,9; Lc 24,1.13; Jo 20,1.19), que Cristo ressuscitou e apareceu aos discípulos. Portanto, esse dia deve celebrado... mas o que é celebrar? De novo, a origem da palavra, buscada no latim, nos ajuda.

Celebrar significa tornar célebre, fazer ser lembrado para não ser esquecido. Quanto mais se celebra, menos se esquece. Por isso, mais uma vez a Igreja nos dá a possibilidade de caminharmos com Cristo na Quaresma, para celebrarmos bem a Páscoa. Ela não pode ser esquecida. Na Páscoa, lembramos os acontecimentos da História da Salvação; dentre eles, a criação do mundo, a promessa feita por Deus a Abraão, a libertação da escravidão no Egito, que foi a primeira Páscoa, celebrada pelos judeus, e a Ressurreição de Jesus, que é a nova Páscoa, celebrada por nós, cristãos. Da criação até nossos dias, Deus tem feito maravilhas!

Contudo, não se pode reduzir a Páscoa ao Domingo de Páscoa. Ele é só uma dimensão, uma parte de uma celebração maior. Ela é toda celebrada no Tríduo Pascal. E esse Tríduo é especial, mais que qualquer outro, justamente porque ele é Pascal. Nele celebram-se as três dimensões da Páscoa. São elas: Páscoa Celebrada, na dimensão do amor no serviço ao próximo do Lava-pés, na Quinta-feira Santa; Páscoa Sacrificada, na dimensão dolorosa do sofrimento e morte na cruz, na Sexta-feira Santa; e a Páscoa Gloriosa, na dimensão da Vida nova, dada a nós na Vigília Pascal, no Sábado Santo, significada sobretudo pelo sacramento do Batismo. 

Mas por que celebrar? Vejam: as dimensões da Páscoa de Cristo estão presentes no cotidiano de nossas vidas hoje. Esse ponto é importante pois traz a Páscoa de Cristo para a Páscoa do Povo. Ora, Cristo é a Cabeça; nós, os membros. A Paixão, Morte e Ressurreição dele continuam e se prolongam na nossa vida. Temos as derrotas de cada dia, mas há também as vitórias, que conquistamos juntos, Cristo e nós, Sua Igreja.

Enfim, o que quisemos, brevemente, com este artigo foi fazer com que todos entendessem que o Tríduo Pascal não é apenas preparação, mas já é a Páscoa, celebrada em três dimensões. A preparação mais direta, nós a tivemos na Quaresma e nos primeiros dias da Semana Santa. Portanto, a comunidade tem de se reunir para celebrar, lembrar as maravilhas de Deus realizadas por amor a nós; tem de caminhar com Cristo no deserto, ser tentada com ele, e com ele vencer. Não podemos pensar que temos o direito de escolher a que celebração iremos. Não. Páscoa bem celebrada é Páscoa na qual a comunidade participa inteiramente desde a preparação quaresmal até a ressurreição, isto é, a Páscoa em todas as suas dimensões: Celebrada, Sacrificada e Gloriosa; as três e não uma ou outra. Então, aqui fica um convite especial para as celebrações da Quaresma e da Semana Santa em nossas paróquias. Celebre! lembre-se do que Deus fez e tem feito por você.

A todos, desde já, em nome de nosso bispo, de nossos formadores e em nosso próprio nome, Boa Páscoa!!!

Sebastião de Magalhães Viana Junior – 1º TEO

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Paulo Fernando Miki

Precisamos ser cooperadores 

Somos tocados pela alegria e pela esperança que o Evangelho anuncia: Deus ama e oferece vida e salvação ao homem. Compreende-se melhor a oferta da vida e salvação da parte de Deus, no mistério Pascal de Cristo, que comunica esta relação de amor para com o mundo, como Ele mesmo nos diz: ‘quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim’ (Jo 12, 32).

O amor de Deus envolve a todos, sem distinção, não exclui ninguém. Amor que se expressa em Cristo, quando afirma que veio para ‘dar a vida em resgate por muitos’ (Mt 20, 28). Amor que tem como iniciativa do próprio Deus, para manifestar a sua benevolência para com toda a humanidade, pois Ele nos amou primeiro e nos enviou seu Filho para nossa salvação (cf.1Jo 4,10), nos ama não porque somos bons, mas porque Ele é bom.

Por este amor é que o Pai envia seu Filho para salvar, libertar da escravidão do pecado, todo aquele que nele crer. Nisto consiste a realização plena da vontade do Pai (cf. Jo 6,38): ‘que não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia’ (Jo 6,39). A missão do Filho se realiza na intimidade e no amor do Pai (cf. Jo 14, 31), o que faz da Paixão redentora de Cristo, a razão de sua Encarnação, pois ‘foi precisamente para esta hora que eu vim’ (Jo 12, 27). Ao reverenciar todo o seu amor em sua entrega e doação, Jesus deu a maior prova que a humanidade pode experimentar: ‘ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos’ (Jo 15, 13). Em sua Paixão, livremente aceita, comunicou-nos o amor do Pai que quer libertar a todos, cumprindo fielmente sua missão. 

O desprendimento do Pai, enviando seu Filho único e a ponto de entregá-lo, que tornou possível a realização da salvação de todo aquele que nele crê. Ele é, portanto, a personificação do amor do Pai levado às últimas consequências. Deus quer com isto desconcertar-nos, fazendo-nos refletir sobre nossa maneira de pensar e de agir e mostrando que todo impulso para a ação, tem a inspiração do amor. Significa, pois, um não às motivações que muitas vezes impedem-nos de ver o alcance de nossas atitudes, sobretudo marcadas pelo ódio ou pelos interesses individualistas e a nos colocarmos numa postura de harmonia com o gesto daquele que se fez por nós em sua doação total.

Para que possa acontecer a libertação plena da humanidade é preciso que sejam eliminados todos os sinais de morte e a Vida possa imperar. Para que isto aconteça, precisamos ser cooperadores neste processo, onde nossas ações correspondam exatamente ao mistério da Páscoa de Cristo!

O Reitor do Seminário - Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima

Quaresma, tempo de graça e conversão 

Queridos irmãos e irmãs, leitores desse boletim formativo e informativo, caros seminaristas, iniciamos na última Quarta-feira de Cinzas o tempo quaresmal, tempo forte da liturgia da Igreja, propício para nos colocarmos diante de nós mesmos e revermos a caminhada feita até então.

A introdução referente ao Tempo da Quaresma do Missal Quotidiano diz-nos que este é um “tempo privilegiado de conversão, de combate espiritual, de jejum medicinal e caritativo, tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais aprofundada...” Como viver, pois, este momento da liturgia da Igreja na Casa de Formação? Assim como o caminho formativo exige do formando a capacidade de “abrir-se ao processo e enxergar-se dentro dele”, a Quaresma somente será bem vivida se, de fato, nos abrirmos e nos colocarmos em “espírito e em verdade” (cf. Jo 4,23-24) na dinâmica proposta pela liturgia da palavra deste momento da vida da Igreja que nos prepara para a Páscoa de nosso Senhor.

A Quarta-feira de Cinzas marca este itinerário fazendo-nos lembrar de que é o tempo do despertar, tempo da penitência, tempo de rever a nossa humana condição, por isto a cor roxa. 

Fazendo deste momento um tempo forte de oração, queremos pedir a Deus a força para nos convertermos e crermos no Evangelho, lutarmos contra o mal, dominarmos as nossas paixões e o nosso egoísmo e, ainda mais, a força para nos esquecermos de nós mesmos, esquecendo-nos dos nossos próprios interesses, lembrando-nos, assim, daqueles que têm necessidade de nós. 

Neste sentido, sendo a Quarta-feira de Cinzas um dia de jejum e abstinência e, também, a Quaresma marcada pelo mesmo... qual o verdadeiro sentido do jejum? Qual o verdadeiro sentido das muitas penitências que fazemos ou dizemos fazer?

O jejum quaresmal somente tem sentido se assumirmos uma postura generosa e desinteressada, pois, quando praticado sem nenhuma razão, este não tem valor algum. O verdadeiro valor do jejum está em transformar esta nossa “abstinência”, este nosso “sacrifício” em alívio para a fome do necessitado.

Portanto, façamos desta Quaresma um momento forte da graça de Deus, abrindo-nos de fato às propostas da Palavra, transformando-as em vida em nossas vidas.

"Dom Antônio Fernando Brochini, CSS" : NOVE ANOS DE EPISCOPADO !

Com o nosso coração cheio de alegria nos reunimos em torno do Altar do Sacrifício, para agradecer ao Bom Pastor todos os benefícios que nos concedeu em nossa caminhada como Igreja Diocesana; dentre eles está o nosso bispo dom Antônio Fernando Brochini.

Foi em espírito de festa que nosso seminário celebrou o aniversário de ordenação episcopal de nosso bispo. Nove anos de história! Quantos desafios, dificuldades, mas também quantas conquistas, vitórias; quantas graças Deus foi derramando em nosso caminhar de cristãos católicos!

Acreditamos firmemente que o Espírito Santo age na vida e na história da Igreja. Portanto, Deus, ao escolher dom Fernando e ao sagrá-lo naquele dia 03 de março de 2003, certamente tinha grandes sonhos para nosso bispo e para toda a sua Igreja. Sonhos estes que foram se concretizando dia após dia, durante nove anos. A ação de Deus faz novas todas as coisas, através de seus instrumentos, dos quais dom Fernando faz parte.

Fazendo jus a este chamado ele vem se dedicando, auxiliado pelo Espírito Paráclito, ao pastoreio desta porção do povo de Deus que é a nossa diocese de Jaboticabal. E seguindo seu lema de episcopal, queremos ser “Testemunho de Comunhão”, não sós, mas com ele, devemos também nos fazer testemunhas de humildade e de oração, instrumentos de verdadeira unidade, principalmente nós, seminaristas, que somos sementes cultivadas pelos nossos formadores e por nosso bispo, formador maior, ao qual devemos ser obedientes e escutar, para nos configurarmos ao nosso Senhor Jesus Cristo.

Tivemos um momento de ação de graças com a celebração do Santo Sacrifício da Missa, com todo o Seminário e os nossos Formadores: Pe. Paulo Miki, reitor da Teologia, e o Pe. Marciel, reitor da Filosofia e do Propedêutico. Esteve presente também o Pe. Rodrigo Antonio Biso, Cura da Sé Catedral. Logo após a Santa Missa houve uma confraternização.

Dom Fernando sempre se faz presente em nossa casa de formação, sempre celebrando e convivendo conosco, seus seminaristas. Parabéns pelos seus nove anos!

Renan Beijo Rocha – 3° FIL

E agora, José? Será que tudo acabou?

Existem momentos em nossa vida em que parecemos “estar num beco sem saída”, como nos diz o ditado popular, no qual tudo aquilo pelo qual lutamos, trabalhamos e vivemos se encerra ali, sem ao menos restar uma fagulha de esperança na qual deter nosso coração inquieto a procurar um novo sentido para continuar a viver. Parece que não há para onde fugir. Diante de tal acontecimento cabe apenas perguntar-nos: E agora? 

O poeta mineiro, Carlos Drummond de Andrade, traduziu em palavras muito bem colocadas (não sendo a intenção dele) o sentimento que passava pelo coração dos discípulos, quando aparentemente uma cruz aquietou a voz do mestre, quando um túmulo lhes pareceu sepultar suas próprias vidas, quando uma pedra não apenas sepultou Jesus, mas sepultou de cada qual a melhor parte da vida que tinham, afinal de contas Jesus conseguiu transformar de maneira profunda a vida de cada pessoa que com Ele se encontrava. 

Drummond escreveu um de seus mais belos poemas em torno de várias perguntas endereçadas a José, que, sendo um nome bastante corriqueiro, parece questionar também a nossa condição humana; parece falar claramente às nossas crises existenciais. Ele diz: “E agora, José? A festa acabou, a luz se apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora você?” Ao colocar a dureza da vida diante de José ( podemos nos colocar no lugar José!), o que o autor pretende não é fomentar em nossos corações o desânimo ou a tristeza que possa parecer conter nossos questionamentos; na verdade, o autor pretende nos mover para uma reação. Já que não há onde se esconder precisamos ter a coragem de não deixar morrer tudo aquilo que experimentamos de nobre e belo em nossa vida. 

No coração dos discípulos, diante do sepulcro, parece apenas restar a dupla saudade: primeiro, saudade daquele que se foi, Jesus; e a segunda, saudade de suas antigas vidas de pescadores. Mas, mesmo que sentissem saudades, já não podiam ser iguais ao que eram antes, pois o encontro profundo que tiveram com Cristo tinham lhes mudado o coração de tal forma que já não cabia em suas novas vidas os velhos homens. 

Mas, eis que ao terceiro dia, para a surpresa e espanto de seus corações tristes e desconfiados, “o túmulo está vazio”! Novamente enchem os seus e os nossos corações de esperança, sabor e vida. O amor falou mais alto do que o silêncio do sepulcro, a vida brotou na dureza do tumulo do coração humano, a presença do Cristo novamente pode ser sentida. A alegria da ressurreição anima, alegra e faz o sol nascer em cada coração frio, escuro, pois se tirarmos o amor do mundo resta só o sepulcro frio e sem vida. Tirem de mim Jesus Cristo e não me sobra mais nada, pois Cristo é tudo em mim e eu não sei viver a minha vida se não tiver a presença amorosa e norteadora do amor feito gente. 

Para encerrar lembro um trecho das catequeses de Jerusalém que está na liturgia das horas, da quinta-feira na oitava da páscoa: “ó maravilha de amor pelos homens! Em seus pés e mãos inocentes, Cristo recebeu os cravos e suportou na dor; e eu sem dor nem esforço, mas apenas pela comunhão em suas dores, recebo gratuitamente a salvação”. 

Por fim, poderíamos perguntar: E agora, Jesus? O que sou sem tua presença a me iluminar? O que sou sem teu amor a me humanizar? Sem ti, nada sou; contigo sou mais livre, vivo e feliz! 

Bruno Luiz Ferreira da Silva – 1° TEO

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