Calendário Litúrgico-Pastoral - OUTUBRO 2010

Igreja Missionária



Nós estamos no mês de outubro, e este mês é dedicado à atividade missionária, tendo Santa Teresinha do Menino Jesus e São Francisco Xavier como patronos. É preciso fazer com que todo povo tenha em sua mente, em sua consciência, o papel de todo o batizado, de ser missionário. E cumprindo a ordem de Jesus, “Ide por tudo mundo e pregai o evangelho a todos os povos, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, concretizaremos cada vez mais a vontade de nosso Senhor. Por isso esse mês é o mês de voltarmos para nós e observarmos as responsabilidades que temos perante o mundo, como filhos e Deus, e anunciadores do seu Amor misericordioso. O horizonte da missão é a humanidade no seu todo.

A missionariedade é dever de toda Igreja! Todos os batizados são, por sua natureza, vocacionados, ou seja, chamados a abraçar a missão como Cristo. Ser missionário e missionária é uma graça, um dom, que só quem experimenta pode dar testemunho da amplitude de seu significado.

Eu experimentei em um determinado período de minha formação uma ação missionária, onde a troca de experiência de vida entre nós missionários, ou melhor dizendo, com cada um dos que estavam ali, com o povo assistido foi positiva e enriquecedora. Particularmente, ser missionário é ser presença na vida das pessoas, não apenas a função de bater de porta em porta, mas a alegria de estar ali, naquela determinada realidade missionária. O campo missionário visitado foi o estado do Maranhão, onde as ricas experiências foram vividas.

A Conferência de Aparecida nos lembra do comprometimento como “filhos no Filho”, pois somos Discípulos e Missionários...

...como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas.(D.A. 29) ...

E um passo que devemos dar para missão é sair de nosso “mundinho”, ou seja, descruzar os braços e estar abertos a ser esses verdadeiros Discípulos Missionários. A missão também tem caráter universal que vai além, e para isso é preciso um despojamento total de si para ir ao encontro do outro, ser um como, e com Cristo. “Ele está no meio de nós” e por isso nos fala ”não tenhas medo”, assim o gesto de “arregaçar as mangas”, de lançar-se deve ser de coração aberto, pois seria vão todo o trabalho, não haveria profundidade nem a emoção verdadeira de ser discípulo e missionário, contudo a ação deve ser verdadeira, pois Ele está conosco.

Não podemos esquecer que todo lugar é lugar de missão, aqui, ali, acolá, e a preocupação missionária deve primeiro estar direcionada ao nosso redor, dentro de nossa própria casa, e também a missão alem fronteiras. Sair pelas ruas do mundo como peregrinos e anunciando a Boa Nova.

Enfim, ser missionário nos dias de hoje é um desafio muito grande, porque a prática evangelizadora que devemos exercer estar em primeiro lugar a favor da vida. Mostrar a todos que a vida deve ser valorizada, pois todos somos filhos do mesmo Pai. A busca por um mundo melhor só deve por fim ser concretizada se cada um apresentar quem é e como é o Verdadeiro Amor, em Cristo Jesus. Lembremos as palavras de Santo Agostinho, “somente se encontra a felicidade quando a busca de Deus é incessante”. Peçamos a Ele então irmãos e irmãs uma vida de santidade a cada dia, como Jesus nos pede “Sede santos, pois o Vosso Pai celeste é Santo”. Amém!

Tibério Filho (2° TEO)

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Que livro estou lendo ?

UMA BREVE HISTÓRIA DO BRASIL

O livro é estruturado de maneira muito interessante: através de temas e não como se faz usualmente a partir de datas, os autores percorrem a história do nosso país, com um estilo também interessante: contam o dia-a-dia dando a vida a todos os que foram autores da história: em primeiro lugar os índios, depois os europeus que vieram e os negros para cá trazidos.
As instituições que ajudaram a formar o país são retratadas de maneira articulada e viva: fala-se da coroa portuguesa, da Igreja Católica, das cidades nascentes, dos engenhos de cana, do sistema escravista, da monarquia e da república brasileira, e assim por diante, procurando dar a cada uma delas a sua importância e descobrindo-lhes, ao mesmo tempo, as glórias e as fraquezas.
Chama a atenção também a linguagem fácil e acessível e a riqueza de detalhes, que quase nos desenham a realidade narrada e, ainda, a coragem de descrever, num único livro uma história do Brasil densa, capaz de nos ajudar a entende que povo somos hoje, onde estão nossas raízes e quais os agentes que ajudaram ativamente a formar nossa sociedade, nossa cultura, economia e nação.
DEL PRIORE, M., & VENANCIO, R., Uma breve história do Brasil. São Paulo : Ed. Planeta do Brasil, 2010 (320 páginas, R$ 39,90)

Formados por Maria

Neste mês de Outubro no dia 12, celebraremos em todo nosso país o dia de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira Oficial do Brasil que foi proclamada em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI.

É inevitável não falar como Nossa Senhora, mãe de Jesus, deve ser tida como mãe por todos os sacerdotes ainda mais por que eles devem sempre agir in persona Christi.

As palavras do Papa João Paulo II aos Seminaristas “O homo Dei que vocês deverão ser, ou é gestado neste tempo de seminário ou não o será nunca mais” (Seminario Bom Jesus – Aparecida, 4 de julho de 1980) muito me inspira, pois como um candidato para o Seminário (hoje no curso Propedêutico), relacionar a gestação deste homo Dei com a gestação de Jesus através Maria, é lembrar que ela deve estar sempre presente na formação presbiteral, pois, se pela graça de Deus a Santa Igreja confiar a estes canditados o Sacramento da Ordem estes serão Alter Christi. Cristo que foi gestado, cuidado e educado por Maria.

Por isso que os seminaristas em meio as cinco dimensões formativas (Humana afetiva, Espiritual, Intelectual, Pastoral e Comunitária) devem ter sempre em seu coração um vinculo com Maria, mãe e educadora.

Por Maria deve perpassar todos aqueles que a seu Filho quer se configurar.

Lembremos sempre das palavras finais do Papa João Paulo II aos seminaristas: “Confio a Nossa Senhora Aparecida cada um de vocês e todos os jovens deste querido Brasil chamados ao sacerdócio.”

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós !

Cleber Bernardo (PROP)

Fantasmas: não creio, mas tremo!

As questões fantasmagóricas são em nível mundial, mas nos limitaremos no Brasil. Como é grande a crença em fantasmas! Mesmo as pessoas mais comuns que negam (por nunca terem visto) preferem "não mexer" com isso. No fundo existe o medo nas pessoas. E também quantas histórias (lendas) já ouvimos, principalmente de nossos antepassados.


De fato, falar sobre fantasmas é muito interessante e prende a atenção de qualquer pessoa. De lendas, as questões sobre fantasmas passavam a ser assunto para a ciência, principalmente na área da psicologia e mais ainda na parapsicologia.

Através destas ciências sabemos que nosso inconsciente ocupa 90% de toda a capacidade mental, ou seja, é capaz de produzir muitos fenômenos (de efeitos telepáticos e de efeitos físicos). Com relação aos fantasmas, nos limitaremos aos fenômenos de efeitos físicos.

Os fenômenos de efeitos físicos acontecem por influxo do psiquismo sobre a matéria. As energias orgânicas (elétrica, térmica, motora, etc.) que se transformam e se exteriorizam, causam efeitos físicos com massa, p
eso e estrutura. Estes fenômenos são chamadosEctoplasma.

A exteriorização dessas energias (produção do ectoplasma) provinda de uma pessoa viva (inconscientemente), produz a imagem física de um fantasma inteiro de acordo com a idéia do dotado parapsicologicamente, porém esta imagem é tênue (com características típicas de um fantasma - pouco transparente, flutuante, leve, etc.). Este fenômeno de produção de um "fantasma" é chamado Fantasmogênese.

Nenhum fenômeno de efeito físico é possível fora de uma distância de um raio de 50 metros, ou seja, se afastarmos todas as pessoas vivas de uma casa "mal assombrada", a mais de 50 metros, é impossível registrar qualquer fenômeno para-normal de efeito físico.

Podemos concluir que este fenômeno não passa de uma faculdade parapsicológica humana chamada fantasmogênese e que não tem nada a ver com fantasmas e espíritos do além.

Por falta de intrução é muito mais fácil e cômodo criar esta mentalidade mágica e fantasmagórica como forma de explicação. Errado ! Vamos estudar !
Thiago Cezar Giannico - 2° TEO

O Reitor do Seminário - Propedêutico Pe. Luiz Gustavo Scombatti



Nossa vocação é deixar o coração aberto à missão!

Durante o mês de outubro nosso coração tem um olhar totalmente voltado para o campo das missões, mas não podemos nos esquecer que primeiramente, antes de anunciarmos a Boa Nova de Jesus Cristo precisamos nos encontrar com sua pessoa e viver realmente seu Mandamento de Amar a Deus e ao Próximo.

Quando sentimos o chamado de Deus tocar em nosso coração para o serviço da Igreja, temos que estar conscientes de que estamos nos abrindo totalmente para as diversas necessidades que a Igreja precisa, ou seja, temos que estar preparados a todo instante para viver o despojamento de nós e nos colocarmos diante do serviço ao nosso semelhante.

É evidente que todo processo de formação requer um amadurecimento progressivo de nossa vocação para nos colocarmos diante da realidade em sermos missionários, também esta vocação requer muita paciência e perseverança, pois os desafios da missão são muito grandes mostrando que devemos ver Deus nas realidades mais difíceis da vida de um povo e de toda uma comunidade.

Mas missão não é somente um “ir para fora”, ou seja, (ad gentes), mas é algo que começa dentro de nós na constante busca por uma vocação concreta, capaz de nos fazer realmente seguidores do Cristo humilde e sofredor. O Reino do Céu tão desejado por todos os fies para ser alcançado, precisa passar pela cruz que são os desafios de anunciar o Evangelho para os nossos semelhantes.

É seguindo o testemunho e o exemplo dos santos que vamos celebrar durante este mês, isto é, desde Terezinha de Jesus até São Francisco Xavier que vamos perceber o quanto o coração deles ardia em ser testemunha do amor fiel pelo Evangelho. Se nós queremos realmente ser discípulos – missionários temos que sempre ter este mesmo ardor para realmente vivermos nossa missão de anunciar o Reino para aquelas pessoas que estão afastadas ou ainda não conhecem Jesus Cristo.

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi


IDAS E VINDAS.... SEMPRE EM MISSÃO

Acabamos de nos despedir do Pe. Flávio Profito como formador da Filosofia. Abraçamos o pe. Marciel que vem assumir este trabalho. Idas e vindas... sempre em missão! Com esta realidade, nossas casas formativas iniciam o mês missionário, compreendendo que nossa vocação e missão não pertencem a nós, mas fazem parte de um sonho de Igreja e de suas necessidades.

Neste mês de outubro, comumente chamado de “Mês missionário”, a Igreja nos convida a descobrir nossas raízes de gente enviada, pelo Batismo, a anunciar a Palavra que salva e dá sentido ao ser humano, sensíveis às urgências do anúncio que a Igreja nos apresenta.

Depois da Conferência de Aparecida, nos Seminários do Brasil tem havido um grande esforço para despertar o sentido missionário da vocação presbiteral. Formadores e formandos muitas vezes são interpelados pela própria vida da Igreja: como abrir-nos ao apelo de um ministério presbiteral que ultrapasse o âmbito diocesano?

 
Recebemos recentemente um DVD enviado por Dom Esmeraldo Farias de Barreto, Bispo de Santarém do Pará e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, que narra algumas experiências que tem ajudado os jovens seminaristas a sentir o apelo missionário em sua caminhada formativa. São situações simples e fortes, que questionam, despertam, impulsionam...

Bem sabemos, porém, que o missionário não vai em seu nome e não parte por sua própria conta. É sempre um enviado de Deus, em nome da Igreja. Que este mês missionário, então, desperte nos jovens corações dos que se prepararam para o presbiterado o desejo de ir além.... mas desperte também, na nossa Igreja Diocesana enquanto tal, o desejo de enviar e os projetos missionários que alimentarão este desejo de ir.

 

Capa Cor Unum - Outubro de 2010 - Missão e Partilha

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