Calendário Litúrgico, Aniversariantes do Mês e Homenagem ao Pe. Flávio (Pág. 04)


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3º CONGRESSO VOCACIONAL DO BRASIL

A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, por meio da Pastoral Vocacional, realizará o 3º Congresso Vocacional do Brasil, de 03 a 07 de setembro, na cidade de Indaiatuba (SP). Segundo os organizadores, o evento propõe-se a celebrar a caminhada do serviço de animação vocacional, a aprofundar a teologia das vocações na perspectiva do discipulado e da missionariedade, a consolidar a identidade do animador e do serviço de animação vocacional, e a oferecer pistas de ação para o trabalho vocacional.

O 3º Congresso vai permitir uma participação diversificada e qualificada de animadores vocacionais, nas suas diversas fases. “O simples fato de estar juntos e se encontrar, de refletir e partilhar as próprias práticas, de celebrar e propor metas e diretrizes favorecem uma convergência nas prioridades e nas ações, nos princípios e valores, garantindo a unidade
no caminho e a riqueza das vocações para a vida e a missão da Igreja no mundo”, destacou o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, padre Reginaldo de Lima.

Os Congressos anteriores se abriram para as questões da antropologia e da cultura vocacional, da inculturação e da evangelização, da oração e da espiritualidade, da integração das pastorais, da pedagogia e do planejamento, do itinerário vocacional. Este ano, o tema será “Discípulos missionários a serviço das vocações”, e o lema “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações”.

As fichas de inscrições já foram distribuídas para os coordenadores regionais da CNBB. As vagas são limitadas e serão preenchidas de acordo com os critérios já estabelecidos pela secretaria geral do Congresso.

Outras informações acesse a página do congresso no endereço: www.cnbb.org.br/site/eventos/congresso-vocacional.

Que Livro estou lendo ? (2/2)



FILOSOFIA PARA ENTENDER TEOLOGIA

Este grosso e interessante volume tem um objetivo curioso: selecionar alguns conteúdos filosóficos que influenciaram seja a teologia que a doutrina cristã ao longo dos séculos. É um projeto audacioso: examina tópicos de Platão, dos estóicos, de Plotino, de Aristóteles... destaca elementos do nominalismo, do humanismo, racioalismo, empirismo e iluminismo, bem como do existencialismo e da fenomenologia e os coloca criticamente em conexão com a atividade dos teólogos, fazendo-nos perceber como as linhas de pensamento influenciam, de certa forma, nossa concepção das questões centrais do conhecimento teológico e também do próprio conteúdo da fé.

O livro é uma grande ajuda aos nossos estudantes do Seminário e a todos os presbíteros que se interessam pela fundamentação séria da teologia, que nos liberta de duas tendências perniciosas do discurso teológico nas bases: o dogmatismo (tanto da Palavra tomada ao pé da letra quanto da apologética e o “achismo”: acho isso ou acho aquilo e assim é. Só uma teologia bem fundada em suas fontes e sustentada num discurso filosófico convincente pode livrar-nos de superficialidades tão antagônicas...

O problema é que, em nossos dias, muitos duvidam do valor da filosofia diante da teologia e até que ponto pode existir uma mútua ajuda pois muitas vezes o desconhecimento ou o conhecimento supercifial de algum termo chave ou conceito filosófico acaba prejudicando a compreensão do conteúdo teológico.

Nesse sentido, concordo com o autor quando diz: “Não admira que a conhecida pergunta retórica de Tertuliano: ‘O que Atenas tem a ver com Jerusalém?’ seja tão popular entre os estudantes. A eles não foi mostrado que o conhecimento filosófico nos capacita a apreciar mais profundamente o significado de virtualmente qualquer formulação doutrinária relevante e qualquer teólogo importante. Eles tem a impressão de que a filosofia é de pouca utilidade; assim, seguem seus caminhos perdendo a oportunidade de ter um contato mais frutuoso com a teologia...”

Um livro, portanto, bom e oportuno, que ajuda a pensar muitas questões teológicas do Ocidente Cristão a partir de várias reflexões filosóficas. Uma leitura densa mas prazerosa que nos ajuda a repassar os momentos mais vistosos da história da filosofia e, conseqüentemente, várias partes da história da teologia. (ALLEN D. e SPRINGSTED E., Filosofia para entender Teologia. Santo André : Academia Cristã; São Paulo : Paulus, 2010)

Pe. Marcelo A. Cervi Professor de Escatologia no CEARP (Centro de estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto)

Que Livro estou lendo ? (1/2)


O SEGREDO DA SAGRADA EUCARISTIA
Professor Felipe Aquino

Devido o ano do XVI Congresso Eucarístico Nacional que teve como tema: “Eucaristia, Pão da unidade dos discípulos missionários” é que apresento a todos a obra do professor Felipe Aquino na qual tive a oportunidade de ler: “O segredo da sagrada Eucaristia”.

O livro nos mostra o grande amor de Cristo por nós que é apresentado na instituição da Eucaristia quando Ele mesmo deixa o seu Corpo e o seu Sangue para a nossa santificação. Jesus para ser honrado e receber o amor que merece instituiu o sacramento do seu Corpo e Sangue que infelizmente é tratado com mais ingratidões do que com amor, mas sendo um Rei de grande misericórdia, Cristo santifica toda a humanidade sem sair do sacrário. Dali Ele governa o mundo e a Igreja e nos chama para que o imitemos pela salvação da humanidade.

Felipe Aquino aborda vários temas relacionados á nossa realidade que partem para varias dimensões dentre as quais a adoração, pois ela aumenta em nós o amor a Jesus sacramentado; São Pedro Julião completa esta afirmação desta forma: “considerai a hora da adoração que vos cabe como uma hora celestial, ide a ela como ireis ao céu”.

Um ponto que deve ser bem levado em conta é justamente a preparação rigorosa para receber a Sagrada Eucaristia, lembremo-nos sempre o que nos diz São Paulo: “Por isso todo aquele que comer do pão e beber do cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e Sangue do Senhor. Portanto cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo e o Sangue, come e bebe a própria condenação”. (1 Cor. 11, 27-28).

Enfim, Felipe Aquino nos apresenta vários conteúdos que nos levarão sem duvida a um conhecimento mais profundo do mistério da Eucaristia e sua importância para a vida da Igreja, pois como disse João Paulo II: “A Igreja vive da Eucaristia”.

Alexandre Malaguti (PROP)

O Reitor do Seminário - Propedêutico Pe. Luiz Gustavo Scombatti



A Bíblia em nossa Vida

Seguindo a tradição da Igreja no Brasil, o mês de setembro é dedicado à Sagrada Escritura para que os católicos tomem cada vez mais consciência da do valor que a Bíblia possui em sua caminhada de fé. Por diversas vezes, falamos que Deus se comunica conosco de vários modos, dentre os quais está a Palavra Revelada ao longo da história da humanidade.

Precisamos sempre ter uma boa formação bíblica, não apenas para dizer que sabemos trabalhar com a Sagrada Escritura, mas para que possamos trazer principalmente para nossa vida os ensinamentos nela contidos. Saber trabalhar com a bíblia é algo que deve ser aprendido desde os primeiros ensinamentos sobre a fé que devem ser realizados em família, Em muitas ocasiões ficamos esperando que os catequistas ensinem as crianças a “mexer” na bíblia, mas não podemos nos esquecer jamais que os primeiros catequistas são sempre os pais.

Não pode mais ser concebível para um cristão não ter a Palavra de Deus em sua casa, mas ela não pode ser apenas mais um “objeto de decoração” nas estantes, e sim, como lugar aonde Deus vai se revelando aos homens desde todos os tempos. Mas jamais podemos nos esquecer que não podemos interpretar a bíblia com a nossa vontade e sim devemos entendê-la e estudá-la fundamentada com uma sã teologia baseada também com a Tradição e no Magistério da Santa Mãe Igreja.

Todas as vezes que nos colocamos diante da Palavra de Deus precisamos fazer uma “Leitura Orante”, ou seja, devemos trazer para a vida os ensinamentos contidos na Sagrada Escritura, assim, veremos que aquilo que foi escrito no passado é cada vez mais atual quando nos deparamos com o nosso caminhar na fé. Para que possamos cada vez mais entender de modo correto a Sagrada Escritura, não podemos perder os momentos de formação que são oferecidos ao longo de toda nossa caminhada formativa e através das formações pós – seminário, ou seja, através da formação permanente. Esta formação não pode ser vista apenas como um momento de nossa vida, mas sim é algo que deve perpetuar por todo sempre.

Por fim, queremos que a Sagrada Escritura seja sempre a constante revelação do amor divino completado em Jesus Cristo e continuado ao longo de toda história, ou seja, não podemos anular o Antigo Testamento e viver apenas o Novo, mas precisamos sempre fazer a leitura do projeto que Deus tem para toda a humanidade desde todos os tempos, para que assim, nós também nos consideremos como destinatários da história da salvação dada gratuita por Deus para todos nós.

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi


“Lâmpada para os meus passos é Tua Palavra e luz no meu caminho!” – Sl 119,105

Irmãos e irmãs!
Neste mês de setembro, vemos inúmeras iniciativas que ajudam o nosso povo a entender o valor e o lugar da Palavra de Deus na vida pessoal e comunitária. Em nosso Seminário não é diferente: como primeira iniciativa, revaloriza-se ainda mais a leitura orante da Bíblia. Depois, é-nos dada a chance de participar de um Curso Bíblico com o amigo Pe. Paiva sj que trabalha o tema do discipulado nos Evangelhos e das aparições do ressuscitado. Tudo para que a Palavra de Deus esteja sempre e cada vez mais no seu lugar de lâmpada para os passos e luz para o caminho de cada dia.

Neste mês nos despedimos do nosso amigo e companheiro de vários anos na formação, Pe. Flávio José Profito. Ele se despede de suas funções pastorais na Diocese e, consequentemente, do trabalho formativo e encaminha-se para Roma, a fim de cursar o mestrado em Direito Canônico. Foram vários anos de muita preocupação e entrega de si pelo Seminário: formador do Propedêutico, formador da Filosofia, professor do Ifitensc, responsável financeiro do Ifitensc e, ultimamente, responsável pelo financeiro do nosso Seminário, entre outras tarefas que a formação lhe pediu. Queremos agradecer de coração ao Pe. Flávio por toda a sua dedicação e empenho, pedindo a Deus e a Nossa Senhora que o recompensem com abundantes graças, para que tenha agora êxito em seus estudos e seja sempre feliz em sua vida e ministério!

Continuando o trabalho do Pe. Flávio, acolhemos com alegria o Pe. Marciel Silva de Lima, Pároco de Terra Roxa, que chega para acompanhar os seminaristas da Filosofia, integrando a equipe de Formadores internos do Seminário. Fazemos votos que o Pe. Marciel seja feliz em sua tarefa, assistido pelo Espírito Santo e pela intercessão materna da Virgem do Carmelo, contando com nossa colaboração e carinho.

 
Que este mês de vivências tão intensas e de mudanças no Seminário seja vivido em paz e na fraternidade daqueles que se colocam juntos no seguimento de Jesus. Que todas essas dinâmicas da vida nos ajudem a enxergar que somos todos na única e mesma Igreja, na diversidade de tarefas e ministérios que devemos desempenhar ora aqui ora ali, mas sempre unidos no “sensus Ecclesiae” pela unidade do Amor que chamou cada um a amar.

Virgem Santíssima do Carmo, Patrona do nosso Seminário, rogai por nós!

 
1° Página - Edição V de Setembro 2010


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Mensagem dos participantes do I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas

Brasília, 10 de julho de 2010
Aos Senhores bispos, formadores e amigos seminaristas,

Entre os dias 04 e 10 de julho, nós, cerca de 150 seminaristas, 10 formadores e alguns bispos dos diversos regionais do Brasil, estivemos reunidos em Brasília participando do Iº Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, com o objetivo de ajudar-nos a assumir a dimensão missionária universal da vocação cristã e presbiteral.

Gostaríamos de transmitir a todos quão rica foi a experiência deste Congresso e a grande festa da alegria e da unidade celebrada aqui na capital do nosso país em favor da missão.
Conduzidos pelo lema: chamados para estar com Ele e enviados (Mc. 3,14) e o tema formação presbiteral para uma missão sem-fronteiras, tivemos a graça de nos deparar com as realidades do campo formativo, nas dimensões voltadas para missão.Observamos as realidades eclesiais e formativas e chegamos à conc lusão de que ainda temos que trabalhar muito para se chegar àquilo que é vontade da Igreja Universal e Latino-Americana: despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário (DAp. 548).

É bem verdade que, em alguns Seminários e Institutos, o sentido da vocação sacerdotal mais missionária está em plena atividade. Porém, é também fato de que em outros Seminários e Institutos o termo missão não recebe a devida atenção.
Iluminados pelo Espírito de Deus, e impulsionados pelo espírito de Aparecida, queremos que esta realidade seja transformada e transfigurada segundo a vontade de Deus para o nosso tempo, hoje, na Igreja do Brasil. Queremos melhorar o ambiente relacional estrutural do Seminário para que, como uma comunidade autenticamente cristã, formadores e formandos se unam em prol da vocação primeira da Igreja: a missão, a serviço do Reino de Deus. Queremos ser missionários padres e não padres mi ssionários.Cônscios da real necessidade de formarmos nos Seminários vocações verdadeiramente missionárias, vimos, por meio desta, encarecidamente pedir aos senhores bispos, formadores e seminaristas, que desenvolvam nos Seminários e Institutos uma formação voltada para a missão além-fronteiras. Cremos que se houver investimento, numerosas vocações missionárias brotarão no seio dos Seminários, a começar por nós que participamos deste Iº Congresso Missionário.
De Brasília voltamos para os nossos regionais dispostos a colaborar, com vivo ardor missionário, na conscientização missionária dos irmãos de Seminário e na constituição de organismos que favoreçam a missão em nossas casas de formação, como o Conselho Missionário dos Seminários (COMISE) e a Formação Missionária para Seminaristas (FORMISE).
Contamos desde já com o apoio de todos, pois o benefício não é para a nossa promoção pessoal, mas, para a promoção de todos os povos do orbe e para o bem da Igreja que age em nome de Cristo e a Ele se dirige.
Certos da atenção de todos a este pedido, reiteramos nosso desejo, de juntos, animados e guiados pelo Divino Espírito, construirmos no coração dos Seminários e Institutos, uma mentalidade viva e ardente direcionada a missão sem-fronteiras, tornando a Igreja no Brasil cada vez mais missionária.

Os participantes do I Congresso
Missionário Nacional de Seminaristas





Em Cristo Jesus

Trecho da homilia do Papa Bento XVI no encerramento do ANO SACERDOTAL

Deixamo-nos guiar pelo Cura d’Ars, para voltarmos a compreender a grandeza e a beleza do ministério sacerdotal. O sacerdote não é simplesmente o detentor de um ofício, como aqueles de que toda a sociedade tem necessidade para nela se realizarem certas funções. É que o sacerdote faz algo que nenhum ser humano, por si mesmo, pode fazer: pronuncia em nome de Cristo a palavra da absolvição dos nossos pecados e assim, a partir de Deus, muda a situação da nossa vida. Pronuncia sobre as ofertas do pão e
do vinho as palavras de agradecimento de Cristo que são palavras de transubstanciação – palavras que O tornam presente a Ele mesmo, o Ressuscitado, o seu Corpo e o seu Sangue, e assim transformam os elementos do mundo: palavras que abrem de par em par o mundo a Deus e o unem a Ele.

Por conseguinte, o sacerdócio não é simplesmente «ofício», mas sacramento: Deus serve-Se de um pobre homem a fim de, através dele, estar presente para os homens e agir em seu favor. Esta audácia de Deus – que a Si mesmo Se confia a seres humanos; que, apesar de conhecer as nossas fraquezas, considera os homens capazes de agir e estar presentes em seu nome – esta audácia de Deus é o que de verdadeiramente grande se esconde na palavra «sacerdócio». Que Deus nos considere capazes disto; que deste modo Ele chame homens para o seu serviço e Se prenda assim, a partir de dentro, a eles: isto é o que, neste ano, queríamos voltar a considerar e com
preender.


Queríamos despertar a alegria por termos Deus assim tão perto, e a gratidão pelo fato de Ele Se confiar à nossa fraqueza, de Ele nos conduzir e sustentar dia após dia. E queríamos assim voltar a mostrar aos jovens que esta vocação, esta comunhão de serviço a Deus e com Deus, existe; antes, Deus está à espera do nosso «sim». Juntos com a Igreja, queríamos novamente assinalar que esta vocação devemos pedi-la a Deus. Pedimos operários para a messe de Deus, mas este pedido a Deus é simultaneamente Deus
que bate à porta do coração de jovens que se considerem capazes daquilo de que Deus os considera capazes. Era de esperar que este novo resplendor do sacerdócio não fosse visto com agrado pelo «inimigo»; este teria preferido vê-lo desaparecer, para que em definitivo Deus fosse posto fora do mundo. E assim aconteceu que, precisamente neste ano de alegria pelo sacramento do sacerdócio, vieram à luz os pecados dos sacerdotes – sobretudo o abuso contra crianças, no qual o sacerdócio enquanto serviço da solicitude de Deus em benefício do homem se transforma no contrário. Também nós pedimos insistentemente perdão a Deus e às pessoas envolvidas, enquanto pretendemos e prometemos fazer tudo o possível para que um tal abuso nunca mais possa suceder; prometemos que, na admissão ao ministério sacerdotal e na formação ao longo do caminho de preparação para o mesmo, faremos tudo o que pudermos para avaliar a autenticidade da vocação, e que queremos acompanhar ainda mais os sacerdotes no seu caminho, para que o Senhor os proteja e guarde em situações penosas e nos perigos da vida.

Se o Ano Sacerdotal devesse ser uma glorificação do nosso serviço humano pessoal, teria ficado arruinado com estas vicissitudes. Mas, para nós, tratava-se precisamente do contrário: sentir-se agradecidos pelo dom de Deus, dom que se esconde em «vasos de argila» e que sem cessar, através de toda a fraqueza humana, concretiza neste mundo o seu amor. Assim consideramos tudo o que sucedeu como um serviço de purificação, um serviço que nos lança para o futuro e faz agradecer e amar muito mais o grande dom de Deus. Deste modo, o dom torna-se o compromisso de responder à coragem e à humildade de Deus com a nossa coragem e a nossa humildade.

CURSO DE LECTIO DIVINA

"Tua Palavra é Lâmpada para os meus pés, Senhor, Lâmpada para meus pés Senhor luz para meu caminho”
Enviados pela Diocese de Nossa Senhora do Carmo de Jaboticabal, os seminaristas Audive José Bissoli e Renan Beijo Rocha participaram da Formação de Lectio Divina, em Aparecida do Norte no Seminário Redentorista Santo Afonso. Este curso teve pleno êxito com a participação de 85 jovens seminaristas de diversas Dioceses e Congregações de todo Brasil. “O Discipulado da Palavra: Escola de missionários á serviço da vida.” foi o tema da formação da Oficina de treinamento da Leitura Orante da Palavra para o Brasil.


O ponto de partida foi a 5º Conferencia do CELAM, acontecida em Aparecida, na qual o Papa Bento XVI alertou aos Bispos presentes que somos chamados a ser Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, ressaltando que é preciso “fundamentar nosso compromisso missionário e a nossa vida na rocha da Palavra de Deus”. (D.A 247). Juntamente com o Santo Padre, os Bispos responderam que é de fundamental importância durante os anos de formação, que os seminaristas sejam autênticos discípulos, chegando a realizar um verdadeiro encontro pessoal com Jesus Cristo na oração e na Palavra.

O Assessor do Encontro, Padre Fidel, nos apresentou durante o curso cinco pontos fundamentais para a compreensão e a realização da Leitura Orante em nossa vida e de nossas comunidades, sendo eles: A preparação para entrar na Lectio Divina, Os quatro movimentos da Lectio Divina, Como terminar a Lectio Divina e a “Formação de Cristo” segundo a Lectio Divina e por fim as Dificuldades que precisam ser superadas na prática da Lectio Divina.

A riqueza das palestras nos impulsionou ao exercício da Leitura Orante da Bíblia para suscitar em cada um dos seminaristas presentes a atitude discipular e missionária que fundamenta o ministério, assim como pede o Documento de Aparecida, fazendo dos futuros presbíteros Mestres da Palavra para suas comunidades.

- SEMANA MISSIONÁRIA 2010 -

Todos os anos no mês de julho, o Seminário reserva uma semana para que os seminaristas possam – mais intensamente – fazer uma experiência de missão em determinado lugar da Diocese com o objetivo de conhecer melhor a multiforme realidade de nosso povo e da Diocese; inserindo-se no clamor da Igreja da América Latina, no Documento de Aparecida, que quer formar e ver atuantes verdadeiros “discípulos missionários de Jesus Cristo” e acima de tudo obedecer ao mandato do próprio Senhor Jesus: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28, 19) e mais ainda, “proclamai que o Reino dos Céus está próximo” (Mt 10, 7).

Neste ano, a Semana Missionária aconteceu na Paróquia Santo Antônio de Pradópolis de 18 a 25 de julho. Diferentemente dos anos anteriores, este ano tivemos uma experiência surpreendentemente nova, pois as Missões foram realizadas massivamente no campo e não na cidade (como é de costume), de modo particular no assentamento Horto Guarani e na colônia Pirajú. Participaram destas Missões os seminaristas que cursam filosofia e teologia.

Além disso, tivemos momentos muito ricos e profundos com as visitas que fizemos a situações bem específicas, entre elas destacam-se as visitas a todos os enfermos, sentindo a fragilidade humana diante da doença e da idade avançada; as encarceradas do presídio feminino de Pradópolis, um momento único e de forte impacto para a maioria de nós que nunca tínhamos estado em tal situação; e o momento em que estivemos no corte de cana junto aos cortadores na usina Moreno, trabalho que exige muito esforço físico e que apresenta diversos riscos a saúde, por isso têm cuidados especiais.


Fomos sempre bem recebidos seja pelo Pe. Rodrigo Sicherolli seja pelos fiéis e que pelas pessoas não católicas que nos acolheram com cordialidade. A convivência nestes dias com tais pessoas representou momentos de graça e de criação de vínculos fraternos duradouros.

A Semana Missionária é o tempo da graça do Senhor operando na vida do povo, principalmente na nossa; seminaristas missionários enviados pela Igreja para o anúncio do evangelho de salvação. Somos guiados pelo divino Espírito Santo aos corações sedentos da consolação que só Deus pode oferecer. A semana missionária é o tempo propício e oportuno de formação intensa fora da sala de aula e de enorme crescimento humano e espiritual para todos nós que buscamos seguir em tudo nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo.

A força, portanto, que tem as Missões é tal, que jamais poderíamos prescindir deste breve tempo anual de espargir o amor e os ensinamentos do Verbo encarnado a todos os cantos. É tempo, sobretudo, de realizar a vontade de Deus em nossa própria vida e na vida do mundo. E é nisto tudo que encontramos o sentido último de nossa vocação.

Fábio Senna (1º TEO.)



O Reitor do Seminário - Propedêutico Pe. Luiz Gustavo Scombatti

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”!

Geralmente, quando falamos algo sobre vocação, logo vêm em nossa mente e em nosso coração que este assunto é somente para seminaristas, religiosos (as), padres, etc. Isto também é um modo de escutar a voz de Deus, mas não podemos nos esquecer de que vocação é algo próprio de todo batizado e que todos devem sempre responder com generosidade a este chamado.

Durante o mês de agosto focamos nosso olhar sobre as vocações religiosas, mostrando que Deus tem sido sempre muito generoso para com sua igreja sempre suscitando homens e mulheres para trabalhar em vista do anúncio do Reino. É também momento forte para intensificarmos nossas orações para que tenhamos sempre novos anunciadores da Boa Nova de Jesus Cristo.

É chegado o momento de nossa comunidade formativa intensificar sua oração pelo aumento e santificação das vocações. O Seminário deve ter sempre a preocupação de rezar pelas vocações para que os jovens possam sentir este dom batendo em seus corações e respondam com generosidade à este chamado de Deus.

Também as famílias dos seminaristas são chamadas a viver em vocação, ou seja, de serem realmente famílias que rezam pela vocação de seus filhos. Por isto é que no mês de agosto somos agraciados com a Semana Nacional da Família, onde todos dentro de seus lares devem sempre responder positivamente aos propósitos que Deus tem para cada um, sendo que isso deve sempre ser realizado de coração sincero. Rezando pelas vocações, a família se torna o porto seguro onde o vocacionado encontra forças para viver sua vocação.

Que nossas famílias e as comunidades eclesiais rezarem para surgir novas vocações para servir o Reino de Deus, pois todos irão ganhar diante da presença de Deus e isso faz com que a mensagem do Evangelho possa ser difundida, pois teremos mais operários para servir a messe.

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi


“Rogate, ergo!”
Pedindo a Deus por vocações

Nosso Pastor Diocesano, Dom Fernando, insiste sempre que, em cada Santa Missa, após a comunhão, se reze ou cante o refrão “Enviai, Senhor, muitos operários para a Vossa Messe pois a Messe é grande e os operários são poucos!”. Aqui no Seminário e em muitas de nossas Paróquias, este gesto já se tornou costume e temos certeza que o Bom Deus acolhe generoso a nossa súplica.

De fato, não podemos nos queixar do número de vocações. A resposta abundante de Deus e o sério trabalho de nossos agentes do Serviço de Animação Vocacional em toda a Diocese bem como dos Formadores encarregados da seleção dos candidatos estão a propiciar que cada ano um côngruo número de jovens bata às portas do Seminário Diocesano. São jovens bons, filhos da nossa gente e que trazem consigo, na maioria das vezes, a enriquecedora experiência de ter vivido numa Comunidade Paroquial. Costumo dizer, sintetizando o feito: “é gente da Igreja para a própria Igreja!”. Cumpre-se o que o Papa Bento XVI nos recordou na mensagem para o dia mundial das vocações: “o testemunho suscita vocações”; testemunho dos padres sem dúvida, mas também testemunho das Comunidades onde realmente se vive um ambiente de serviço e de entrega ao serviço de Deus e da Igreja.

Contudo, não podemos nunca dar-nos por satisfeitos: se por um lado as vocações existem e temos visto ordenações todos os anos, por outro as baixas também começam a existir por idade, enfermidade e outros fatores e o apelo é sempre mais crescente: a messe continua grande! Cabe a nós despertar-nos àquela “cultura vocacional” capaz de fazer surgir jovens dispostos e generosos, apaixonados por Jesus Cristo, para entregar-se ao serviço da Igreja.

Nesse campo, nossas iniciativas ainda são tímidas embora tantos passos tenham sido dados (desde a construção do Seminário até o aumento do número de vocações se pensarmos, por exemplo que há 20 anos em todo o Seminário tínhamos apenas 8 seminaristas e hoje eles são 25). Da parte nossa, de consagrados, anda faltando coragem e entusiasmo para abordar os adolescentes e jovens mais diretamente; da parte do laicado urge despertar para o sentido de uma entrega total que seja capaz de realizar a pessoa, uma vez que em muitos ambientes nossos a decisão pela consagração sacerdotal e religiosa algumas vezes é tratada fora de sua beleza e verdadeiro significado. Algumas considerações sobre a vida sacerdotal (e certas vezes chacotas e considerações inoportunas) colocam muito acento na renúncia que comporta o celibato, por exemplo e pouco naquela de uma entrega total que liberta e faz crescer a pessoa e a comunidade.

Estas são pequenas facetas (talvez nem as mais pertinentes) de uma questão que precisa nos ocupar e preocupar. O próprio Senhor, diante da urgência do anúncio, colocou esta situação em evidência e de seu amoroso coração deixou escapar o quanto isso lhe está caro, dando-nos o ensinamento: “rogai, pois ao Senhor da Messe que envie operários para a sua messe!” (Lc 10,2). Que o mês de agosto – sempre mês vocacional para nós – desperte nossa atenção para a oração incessante e o ambiente vocacional que deve nos caracterizar como Povo de Deus e faça-nos ainda mais comprometidos com o trabalho vocacional.
1° Página - Edição IV de Agosto 2010


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