Jornada Mundial da Juventude já começou

No dia 23 do mês de outubro, a Sub-Região do RP1, composta pelas dioceses de Ribeirão Preto, Jaboticabal, Franca e São João da Boa Vista, esteve reunida em Sertãozinho para celebrar o Dia Mundial das Missões e receber os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. Estes símbolos irão peregrinar todas as dioceses do Brasil até a JMJ no Rio de Janeiro em 2013.

Os Símbolos estiveram em nossa diocese nos dias 26 e 27. No dia 26, chegaram a Bebedouro, onde foram realizadas várias atividades, como missas, veneração, via-sacra, entre outras. No dia 27, estiveram em Jaboticabal, onde encontraram-se com todos os alunos da escolas municipais, estaduais e colégios católicos, bem como, peregrinaram por todas as paróquias da cidade. No fim da tarde deste mesmo dia, em frente à antiga Matriz de São Judas Tadeu, realizou-se uma procissão com os Símbolos até a nova Matriz onde foi celebrada a Santa Missa presidida pelo Padre João Nicácio, assessor diocesano do Setor Juventude, e concelebrada por alguns padres da Forania Nossa Senhora do Carmo. 
Foi uma grande emoção para nós Seminaristas. Carregamos a Cruz Peregrina até a nova Matriz, acompanhados por muitos jovens. 

A Igreja Matriz estava repleta de jovens e também de outras pessoas das mais diversas paróquias que compõem a forania. Em sua homilia, Padre Edson, pároco daquela comunidade, nos recordava que a JMJ 2013 começa agora.

O jovem tem a Missão de anunciar o Senhor e Seu Evangelho em todos os cantos da Terra. Assim nos lembrava o Beato João Paulo II, na conclusão do Ano Santo: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.

E com esse grito de guerra vamos rumo ao Rio de Janeiro em 2013: “A juventude do mundo inteiro, vai se encontrar no Rio de Janeiro.”


Hygor Henrique Kuster (PROP)

Tríduo de Frei Galvão

No dia 25 de outubro, a Igreja celebra a memória de Santo Antonio de Sant’Anna Galvão, o 1º Santo realmente brasileiro. Nosso querido bispo emérito, S. Exª Revma Dom Luiz Eugênio Perez, ao criar o Curso Propedêutico em nossa diocese no ano de 1999, por sua grande devoção a este santo (ainda beato na época), sabiamente optou por Patrono do Curso, este nobre e humilde Santo. Por este motivo, celebramos em nosso seminário nos dias 22, 23 e 24 de outubro, o Tríduo Preparatório para a Festa de São Frei Galvão.

No dia 22, tivemos a graça de ter a Santa Missa presidida pelo nosso reitor Pe. Paulo Miki, que, em sua homilia, nos fez refletir sobre a vida e obra de nosso Patrono. Foi uma grande alegria para nós celebrarmos no dia 23 na Capela de São Francisco de Assis, na qual a Comunidade teve a oportunidade de venerar a relíquia de Frei Galvão. Para finalizar o tríduo, celebramos no dia 24 com a comunidade da Filosofia, 
presidida pelo nosso formador Pe. Marciel Silva de Lima. 

Para celebrar a Festa, no dia 25, contamos com a presença do Diácono José Jorge Gebara, Pe. Paulo Miki e a comunidade da Teologia.

Que São Frei Galvão seja um exemplo de humildade e serviço, intercedendo por cada um de nós, para que sejamos perseverantes à vocação que Deus nos deu.


Caio A. Veiga dos Santos (PROP)

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Paulo Fernando Miki

PEDAGOGIA E ITINERÁRIO FORMATIVO 


A terceira seção do Documento 93 (Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil) apresenta a pedagogia e itinerário formativo, lembrando que “a meta para a qual se orienta o caminho formativo é o sacerdócio ministerial, enquanto participação na Igreja do mesmo Sacerdócio de Jesus Cristo” (Pastores Dabo Vobis, n. 11), o que significa preparar bons pastores para o Povo de Deus (Doc. 93, n. 203). Este objetivo geral da formação inicial vai incidir no desenvolvimento do processo pedagógico: a formação do ser, a formação do saber e a formação do servir (n. 204), dentro de um processo de continuidade e gradualidade que levam ao crescimento e à maturação ao longo do tempo formativo, em todos os apectos da formação presbiteral (n. 205).

No n. 206 vemos que o projeto de um caminho na formação inicial deve ter: etapas formativas de personalização da fé, o discernimento vocacional, estudos acadêmicos, ambiente comunitário, acompanhamento espiritual. Tudo deve estar voltado para favorecer ao vocacionado ao Presbiterado “um caminho de auto-conhecimento e formação humano-afetiva que possa, gradualmente, favorecer-lhe a integração de sua personalidade” (Plano Formativo da Pessoa dos Futuros Presbíteros – Diocese de Jaboticabal, n. 1). “Viver o compromisso evangelizador não deve ser capricho de momento. Trata-se de um engajamento profundo a atingir todas as dimensões do ser humano” (Alfonso Garcia Rubio, Evangelização e maturidade afetiva, p. 200). É preciso pensar a pessoa do formando em todas as suas dimensões, para que haja uma integração enquanto possibilidade de crescimento e amadurecimento. Embora as dimensões estejam separadas para uma apresentação, como recurso pedagógico, devem estar voltadas para a interação e a complementariedade, não havendo espaço para nenhuma forma de privilégio e nem mesmo de reducionismo.

Entende-se a importância das etapas formativas como um processo de construção do sujeito, dentro de um ritmo de mudança, aprendizado e integração. É o ritmo mistagógico, “pois exercita a experiência no encontro com Jesus Cristo, no discipulado, na conversão, na comunhão e na missão” (nn. 208 e 209). Neste sentido, “a formação inicial exige dos formandos disposição e abertura, aprendizado, crescimento e discernimento, passo a passo, sobre sua vocação como projeto existencial” (n. 210).

Cada formando, com o “protagonismo por antonomásia do Espírito Santo” (n. 209), seja adequado ao buscar sempre o que possa favorecer a medida do amadurecimento, enquanto sabe que é um “ser perfectível” - de acordo com a definição de Alessandro Manenti - “aquele que ainda está a caminho, nunca chegado a termo, sempre necessitado de escuta, sempre curioso de conhecer talentos que tem a desenvolver, sempre em formação permanente” (Vocação, psicologia e graça, p. 61).

O Reitor do Seminário - Propedêutico e Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima


Recordações de um mês de graças

Queridos seminaristas, caros leitores deste boletim, saudações a todos em Cristo Jesus.

Ao escrever este artigo, gostaria de expressar um sentimento de alegria e também de gratidão a Deus pelos nossos irmãos seminaristas Renan e Victor que no último dia 26 apresentaram o trabalho monográfico de conclusão do curso de filosofia. Renan, orientado pelo professor mestre Osmair Serevino Botelho, elaborou uma dissertação no campo da filosofia política, com o tema: “Algumas considerações acerca da sociedade civil e da tripartição do poder no segundo tratado de John Locke”. Locke, filósofo inglês que viveu entre os anos de 1632 a 1704, foi considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social. Já o seminarista Victor, orientado pelo professor Adriano Volpini, explorando a área da antropologia, dissertou sobre a questão do tribalismo, com uma dissertação intitulada: “Tribos urbanas, “a comunidade emocional” em Michel Maffesoli”. Maffesoli, sociólogo francês, professor emérito da Sorbonne, é considerado como um dos fundadores da sociologia do quotidiano e conhecido por suas análises sobre a pós-modernidade, o imaginário e, sobretudo, pela popularização do conceito de tribo urbana. A eles, nossos reconhecimentos por estes trabalhos de pequisa que vem certamente enriquecer, a reflexão filosófica de nossas casas de formação.



Um sentimento de alegria e gratidão expresso também, pelo dom dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude que estiveram entre nós: a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora. Símbolos dados à juventude para expressar a presença de Cristo entre nós e também a presença de sua Santa Mãe, a Senhora da Visitação. Em nossa província, a Cruz e o Ícone foram recebidos em uma emocionante celebração eucarística, ocorrida na cidade de Sertãozinho, intitulada “Jornada Missionária”, presidida por Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Franca. Milhares de fiéis oriundos das 4 dioceses do nosso sub-regional RP1, lotaram o ginágio de esporte “Docão”. Presente neste momento, marcou-me a fala de Dom Pedro que, dizendo já ter participado de tres jornadas, pela primeira vez teve a possibilidade de estar tão próximo destes símbolos.

Momento ainda mais precioso, foi a peregrinação da Cruz o do Ícone em nossa querida diocese. O seminário marcou presença neste evento realizado na paróquia São Judas Tadeu de Jaboticabal, carregando, todos os semináristas, jovens que são, como todos os jovens presentes, a Cruz da jornada. Recordo-me ainda da fala de alguns deles: “Obrigado Senhor por este momento lindo em minha vida! Gratidão, eterna gratidão!”; “Carregar a Cruz da Jornada Mundial da Juventude? Não tem preço...”. Recordo-me também da emoção manifestada por outros ao verem, enquanto carregavam a cruz, as lágrimas de muitos dos jovens, certamente, naquele momento, tendo a fé confirmada pela presenca da cruz e do ícone, que eram somente sinais, mas como muitos desseram, “sinais que estávamos precisando, para confirmarmos a presença de Deus, de Jesus e de Maria em nossas vidas. Não estamos sozinhos!”.

“A Jornada Mundial da Juventude de 2013 já começou”, afirmou Pe. Edson Maia. E penso ser este evento, um momento forte para a Igreja do Brasil conhecer e manifestar o rosto jovem de Cristo, presente no rosto dos milhares e milhões de jovens que ainda irão acolher, até 2013, a Cruz e o Ícone. Cada vez mais, vejo se concretizar as palavras do beato papa João Paulo II: “A Igreja somente será jovem , se o jovem for Igreja”. O jovem está sendo Igreja e por isso, a Igreja continuará sempre jovem, pelos séculos sem fim.

Capa do Mês de Novembro

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