CEARP disponibiliza o cartaz e a programação da 1° Semana Filosófica!

"Aniversariante do Mês!"


Mês de Outubro


19/10 - Daniel Bento Bejo (TEO)

"Que Deus volte o seu olhar a ti, te conceda muitas alegrias e perseverança em sua caminhada. Felicidades !"

Jovem, Bote Fé !


Os jovens seguem a Cruz do Cristo!!! Assim foi feito neste final de semana, dia 18 de setembro, na cidade de São Paulo!

Em uma celebração presidida por sua eminência excelentíssima dom Odilo Pedro cardeal Scherer (Arcebispo de São Paulo); concelebrada por outros Cardeais, Arcebispos, Bispos, Padres e todo povo de Deus. Junto conosco, jovens do Brasil, receberam a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e o Ícone de Nossa Senhora, Mãe da Visitação. Ambos presentes do saudoso e querido Papa Beato João Paulo II.

Com grande emoção, momento único na vida de muitos Cristãos Católicos. Nós, padre José Adalberto Salvini (Pároco da Paróquia Santa Luzia, da cidade de Taquaritinga), o seminarista Bruno Luiz Ferreira da Silva (primeiro ano de Teologia), e eu, seminarista Jefferson Fco. Muscelli de Araujo (segundo ano de Teologia), pudemos estar diante desta linda e tocante celebração.

Sim, não teríamos outra forma de explicar como foi estarmos lá! Celebração que atraiu cerca de, mais ou menos, cem mil pessoas, na sua grande e expressiva maioria jovens do Brasil inteiro, bem como do exterior. Experiência simplesmente profunda, de restauração de nossa Fé e extrema alegria de sermos membros desta Igreja que nasce da Cruz do Cristo!!! 

Neste mesmo empenho, dom Odilo Scherer pronunciou-se na sua homilia, dizendo: “pela Cruz, Jesus vem ao nosso encontro. Nós nos gloriamos na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. N'Ele está a nossa Vida e Ressurreição. Foi Ele quem nos salvou e libertou.” Continua o Cardeal na sua reflexão, para nós, jovens: “Sejamos sensíveis e atentos a tantas pessoas que carregam vida afora a pesada cruz. Na JMJ, em Madri, em agosto passado, o Papa recomendou aos jovens a não passar indiferentes diante do sofrimento do próximo. Em cada um é Jesus que continua a carregar o peso da Cruz. Há muitos doentes, pobres, vítimas de injustiças e violências, jovens dependentes químicos que esperam nossa solidariedade.

Sejamos como o Cirineu, e tornemos mais leve a cruz dos irmãos. Como Verônica, que confortou Jesus no caminho do Calvário. Como Maria, Sua Mãe, o apóstolo João e tantas mulheres que, nada podendo fazer para tirar Jesus da Cruz, estavam ao seu lado, partilhando a dor com Ele. O que não pode acontecer é ficarmos indiferentes com a dor do próximo, em quem Jesus continua a sofrer. 

Oxalá a peregrinação da Cruz por todo o Brasil deixe atrás de si não marcas do sangue, violência e indiferença, mas rastro de generosa solidariedade e renovado amor ao próximo. O Brasil está recebendo um carinho muito especial de Deus com este período de preparação para a JMJ 2013. Que seja um tempo de encontros marcantes com Cristo e descoberta da herança apostólica, guardada, vivida e transmitida pela Igreja de geração em geração e que, hoje, vai passando às mãos de vocês, caríssimos jovens.”

Mais que apenas festejar, o encontro dos fiéis foi uma forma de manifestação de fé, louvor, agradecimento e, sobretudo, de incentivo à juventude, que, em um mundo cheio de incertezas, precisa se posicionar com coragem para conseguir viver na verdade de Cristo. Esta foi a energia que sentimos, junto com os cem mil jovens que rezavam, motivados pela próxima Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em 2013, no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.

Nossa querida diocese de Jaboticabal receberá a Cruz Missionária no dia 25 de Outubro.Tornemo-nos cheios de Vida, tais quais aqueles que estavam em São Paulo, amando a cruz, mostrando-a a todos que necessitam de Sua presença e da Vida que Dela jorra. A Igreja tem fé na juventude, que possui um coração generoso e o desejo de construir um mundo melhor para si e para as próximas gerações.

Bem-vindo em meio a nós, Jesus Cristo Missionário. Bem-vinda a nós, Nossa Senhora da Visitação. Os jovens do Brasil vos acolhem de braços abertos!



Jefferson F. Muscelli de Araujo (2° TEO)

Que livro estou lendo ? - Padre Marcelo Adriano Cervi

PODE HOJE A PARÓQUIA SER UMA COMUNIDADE ECLESIAL? 

Um livro provocante e bastante iluminador que parte de uma questão: como a instituição paroquial (configuração eclesial mais próxima ao povo) pode interagir com o atual contexto urbano (socio-religioso-cultural) que sente as consequências de uma população sempre mais heterogênea, marcada pelo subjetivismo, a circularidade de informações, os relacionamentos virtuais etc? O autor não dá respostas, mas faz uma análise interessante da realidade, verifica algumas tentativas de respostas na linha dos movimentos e sugere várias pistas, oferecendo à pastoral urbana uma boa contribuição, na linha da "conversão pastoral" pedida pela Conferencia de Aparecida.

Não basta dizer que o povo está buscando o sagrado e que isso basta para garantir a experiência comunitária (e mesmo a sobrevivencia) da Paróquia. Precisamos perguntar que tipo de "sagrado" está buscando o povo, percebendo a rejeição do uniforme, estático, vinculante a um único grupo ou único lugar e a busca de uma experiencia privada, individual, com a consequente mobilidade (a pessoa vai onde quer) e desterritorialização (a pessoa não se sente vinculada à Paróquia territorial mas sim á Paróquia onde se sente bem). 

Sente-se uma fuga do comunitário institucional, com a busca de experiencias afetivas e de livre escolha ,como os movimentos e as novas realidades eclesiais, vistos como uma reação a uma Igreja por demais institucionalizada, demasiadamente formal e pouco dinâmica. É nesse contexto de mudanças socioculturais e religiosas, que a Paróquia deve buscar sua renovação, com algumas linhas básicas de ação pastoral sugeridas pelo autor como a missão, a valorização da pessoa e o incentivo á formação de pequenas comunidades que favorecem o convívio e a partilha e nas quais se dá espaço á subjetividade.

Um livro interessante sim, mas ficaria ainda mais interessante se no segundo capítulo, ao analisar as "novas comunidades eclesiais", o autor fosse além das experiencias que analisa, abrindo-se a outros (e talvez até opostos) contextos. Apesar disso, vale a pena ler!

Bibliografia: REINERT, J.F., Pode hoje a Paróquia ser uma Comunidade Eclesial? Repensando a Paróquia em diálogo com a religiosidade pós-moderna. petrópolis : Vozes, 2010. (120 páginas, R$ 21,00).

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Paulo Fernando Miki

FORMAÇÃO PASTORAL-MISSIONÁRIA: 
PRINCÍPIO UNIFICADOR DE TODO O PROCESSO FORMATIVO 

“A Igreja peregrina é missionária por Natureza, 
porque tem sua origem na missão do filho e do Espírito Santo, 
segundo o desígnio do Pai” (DAp 347). 



É neste sentido que compreendemos nossa vocação, pois “Jesus Cristo, missionário do Pai, veio anunciar o Evangelho da paz e inaugurar o Reino de Deus. Atribuiu a mesma missão aos apóstolos que escolheu para estarem com ele” (Doc 93, n. 1), fazendo com que nos sintamos privilegiados no âmbito desta missão, enquanto somos associados a ela em virtude de nossa resposta ao chamado de Deus. Por isso é preciso que, em todo o processo formativo, os futuros Presbíteros busquem um encontro com o Cristo para que, desta experiência, compreendam melhor a vontade daquele que os chamou e em consequência a própria vocação. Desta forma, o sacerdócio poderá ser “exercido e vivido por autênticos presbíteros-discípulos, presbíteros-missionários e presbíteros-servidores da vida, cheios de misericórdia” (Doc. 93, 7).

O Papa Bento XVI nos lembra da “necessidade de revigorar na Igreja a consciência missionária”(VD 92), o que certamente aponta-nos o caminho para um compromisso sempre e cada vez renovado do mandato de Jesus Cristo (cf. Mt 28,19-20). “Por conseguinte, a missão da Igreja não pode ser considerada como realidade facultativa ou suplementar da vida eclesial (VD 93).

A partir destas considerações, compreende-se melhor o que o Documento 93 diz sobre a formação pastoral-missionária como “princípio unificador de todo o processo formativo, e que consiste na necessária qualificação específica para o ministério pastoral, sempre impregnado pela ação e condução do Espírito de Deus” (n. 300). Não se concebe uma formação sem estar voltado para a realidade e sentido do ministério presbiteral, reforçando ainda mais a necessária atenção à “conversão pastoral” (DAp 370), como gesto de quem realmente procura compreender a vocação como adesão àquele que chama e envia (cf. Mt 4,19), inserindo neste processo toda a experiência que deve brotar do encontro com o Mestre (cf. Jo 1,39; Mc 3,14-15). Não nos cabe outra alternativa, pois não se pode transmitir o que não se tem.

Trata-se de um imperativo decorrente de nossa resposta ao chamado de Cristo para o serviço do Reino de Deus e é o sentir-se plenamente participante desta vocação que irá condicionar todo o processo formativo do futuro presbítero, chamado “a uma vida cativada pelo serviço da Palavra” (VD 94). Reafirma-se o que não se pode prescindir na formação de todo aquele que vive este processo, pois a natureza da Igreja é ser missionária.

Liturgia: o sagrado sabor do Mistério Salvífico de Cristo


Durante os dias 16, 17 e 18 de setembro, estiveram junto ao Santuário Nacional de Aparecida, o seminarista Jefferson e Bruno Luiz, participando de um curso para seminaristas sobre liturgia, vista a partir da “Sacrosanctum Concilium” (documento do concílio vaticano II). Foram dias de debates muito profundos, através dos quais, conduzidos pelas mãos maternais de Maria, pudemos mergulhar no mistério salvífico de Cristo, centro de nossa vida e espiritualidade cristã. Cabe também recordarmos aqui que, nos dias 20, 21 e 22 do mesmo mês, tivemos, em nível diocesano, uma rica e profunda formação litúrgica com frei Alberto Beckhäuser, um grande expoente da liturgia no Brasil e em toda América Latina; foi louvável a bonita participação do povo de Deus, inclusive o seminário marcou presença. A paróquia São Judas Tadeu de Jaboticabal, que acolheu-nos para a formação, esteve todas as noites sempre repleta. O bonito em tudo isso é percebermos o grande amor que movimentou tantas pessoas a saírem de suas casas para buscar se aprofundar no conhecimento das coisas sagradas.

Mas, o que é Liturgia? A liturgia é sempre um serviço em favor do outro. Primeiramente, é iniciativa de Deus que quer santificar o homem, levando-o a alcançar a salvação (dimensão soteriológica), e, posteriormente, conclama ao homem redimido o ato de glorificar a Deus (dimensão doxológica). É interessante sempre lembrarmos que Jesus Cristo foi quem prestou o maior serviço em favor da humanidade. Jesus que se entregou em obediência ao Pai para salvar e redimir o ser humano, por isso, temos que ter muito bem claro que a liturgia não nos pertence; ela nos supera, é serviço divino por nós. Sendo assim, não devemos ter a pretensão de nos apropriar dela, mas, sim, buscar vivenciá-la num profundo mergulho no amor desse Deus maravilhoso que busca de todas as formas amar e sempre levar o homem a se encontrar com a vida verdadeira.

O grande perigo é fazermos da liturgia lugar de projeção da nossa ideologia, onde nos colocamos no centro, e o mistério pascal acaba ficando em segundo plano. Sempre devemos lembrar que o foco de nossa ação litúrgica deve estar toda no Cristo. Mas a liturgia só tem sentido se estiver vinculada ao compromisso transformador de toda a realidade humana, como bem nos ensinou em toda a sua vida o Bom Mestre Jesus. O compromisso com a vida do próximo é sempre a liturgia celebrada no cotidiano de nossa vida.

Para os chamados pelo Pai a doar a sua vida inteiramente ao outro por meio do serviço é sempre bom lembrarmos que nosso serviço só enriquece de sentido se estiver mergulho no único e irrepetível serviço desempenhado por Cristo a toda humanidade. Como o galho se alimenta estando unido ao tronco nossa vida só pode ser frutuosa se for alimentada pelo Mistério de Cristo. Cabe então, cumprirmos o mandato de Maria: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).



Bruno Luiz Ferreira da Silva (1° TEO)

O Reitor do Seminário - Propedêutico e Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima

Humanizar-se é preciso. 

Queridos seminaristas, impulsionado pelo encontro realizado no último dia 22 de agosto, onde como comunidade formativa, nos reunimos para repensar a convivência na vida comunitária, gostaria de apresentar, além do que já foi apresentado e discutido no mencionado encontro, um pensamento sobre esta realidade que nos envolve: o outro.

Sabemos que o ser humano é um ser relacional, um ser que tende para a expansão. O ser humano é um ser capaz de desenvolver a sua própria identidade, capaz de viver com autonomia e também, capaz de ser aceito e valorizado pelo outro. Portanto, é um ser que se relaciona, que mantém contato com o outro.

Em seu artigo publicado na edição de setembro deste periódico, Pe. Paulo Mazzi apresentava alguns pontos que foram refletidos durante o encontro, dentre eles, o de que “a vida comunitária é o lugar da relação com o outro, e do outro verdadeiramente tal”. Quem é o outro para mim? Quem é o meu próximo? Como tenho considerado aquele que caminha comigo e que tem o mesmo objetivo que eu?

Considerando quanto fora dito até então e, apresentando o meu pensamento a respeito do outro, o faço mencionando o Pe. Alfonso García Rubio, autor do livro Evangelização e Maturidade Afetiva. Ele nos diz que no processo de humanização integral, o ser humano é chamado a viver a antropologia da alteridade, ou seja, no contexto da dimensão afetiva, deve assumir uma subjetividade aberta. É chamado, portanto a viver a alteridade, isto é, reconhecer, aceitar e valorizar o outro como outro, na sua diferença. Não se trata neste caso de manipular, coisificar ou instrumentalizar o outro, mas de abri-se ao outros, respeitando-o e aceitando-o como diferente.

Somos pessoas necessitadas e carentes e, por isso, esperamos, no relacionamento com o outro, alguma reciprocidade e por isso, devemos rejeitar toda e qualquer forma de relacionamento que tenha como fundamento o próprio interesse, aceitando o outro somente na medida em que ele for capaz de responder às nossas necessidades.

Creio ser de fundamental importância que em nossa comunidade formativa, em nossas casas de formação, assumíssemos este tipo de subjetividade, esta proposta de humanização, para que assim, “a comunidade se torne agente de formação e o irmão (o outro), com toda a sua diversidade, seja esta passagem obrigatória, este instrumento misterioso e real da ação formativa do Pai”.

Capa do Mês de Outubro, o Mês Missionário!

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