"Aniversariantes do Mês !"

"Mês de MAIO"

03 - Pe. José Sidney Gouvêa Lima (Diretor Espiritual)
18 - Bruno Siqueira (TEO)
25 - Alexandre Augusto Malaguti (FIL)
26 - Cleber Silva Bernardo (FIL)
31 - Renan Cícero Beijo Rocha (FIL)



"Feliz Aniversário ! Que o Senhor Nosso Deus derrame sobre vós suas graças, fortalecendo vossas caminhadas na fé. Parabéns !"

Direção Espiritual, pelo Orientador: Pe. Paulo Cezar Mazzi


"Direção escolhida ou direção imposta"


Ninguém de nós caminha a esmo, sem rumo. Seguimos uma direção. Quando essa direção não é conscientemente escolhida por nós, acaba sendo imposta, ou por forças contrárias escondidas no nosso inconsciente ou pelas pressões externas. O papel da direção espiritual é ajudar a pessoa que está sendo orientada a perguntar-se pela direção que está dando à sua vida, sobretudo à sua vida espiritual, no sentido de perceber o que ajuda e o que atrapalha, no seu ideal de tornar-se uma pessoa conduzida pelo Espírito de Deus.



Uma das palavras-chave na direção espiritual é o discernimento. Dentro de cada um de nós existe não apenas a voz do bom espírito, mas também a do mau espírito. Já São Paulo apóstolo lembrava aos gálatas que “a carne tem aspirações contrárias ao espírito e o espírito contrárias à carne. Eles se opõem reciprocamente, de sorte que não fazeis o que quereis” (Gl 5,17). Aquele que busca uma direção espiritual procura clarear dentro de si esse conflito, com o objetivo de fortalecer a voz do espírito, de modo que ele não seja surpreendido pelas forças contrárias que comprometem a sua configuração ao bem.

O caminho da direção é árduo, uma vez que o acesso à água cristalina da nossa verdade foi fechado por algumas camadas de concreto que, ao longo do tempo, permitimos que fossem colocadas ali, para não termos que nos confrontar conosco mesmos. Daí que desbastar essas camadas de concreto leva tempo e dá trabalho, mas é isso que permite o acesso à nossa verdade interior e aos apelos do Espírito de Deus em nós, que sonda as profundezas do coração humano (cf. 1Cor 2,11-12).

A meta de toda direção espiritual é ajudar a pessoa dirigida a buscar, encontrar e abraçar a vontade de Deus para a sua vida, pois somente nessa vontade ela será feliz, liberta e realizada. Que Deus nosso Pai, assistindo-nos com a sabedoria do seu Espírito, nos ajude a atingir essa meta.

"O PAPEL DE MARIA SANTÍSSIMA NA FORMAÇÃO PRESBITERAL"

Existe em nosso cotidiano uma expressão muito utilizada, que diz: “quando quiser alegrar uma mãe, fale bem de seus filhos”. Neste mês, dedicado a Maria, Mãe do Cristo, tenham a audácia de mudar este dito e, falem assim: “querem alegrar o Filho, falem bem de Sua Mãe!” É o que faremos. Daqui em diante, falaremos bem de Maria e da sua importância junto à formação presbiteral.

Desde já, vamos entender que o nome Maria contém em sua natureza o significado daquela que é amada de Deus, ou alteza, excelsa, sublime. Logo, Ela, Maria, é aquela que acompanha com atenção os passos do Seu Filho, guiada pela fé que gradualmente a conduz a uma compreensão cada vez mais profunda da missão e da identidade do Filho, bem como dos desígnios de Deus.

Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de seu Filho. Cheia de graça, Ela é o fruto mais excelente da redenção, cooperou para a salvação humana com livre fé e obediência. Pronunciou seu “fiat” (faça-se) em representação de toda a natureza humana. Tornou-se obediente e Mãe dos viventes. De tal modo, que o que a fé católica crê acerca de Maria funda-se no que Ela crê acerca de Cristo, mas o que a fé ensina sobre Maria ilumina, por sua vez, sua fé em Cristo. Tudo isto a faz nossa formadora, dos futuros presbíteros, e modelo de vida a todos os padres, que já se consagraram repetindo o “sim” de Maria nas suas vidas, expressado no dia de suas ordenações.

Em virtude da graça desta divina maternidade, que encontramos em Maria, e da missão pela qual Ela está unida com seu Filho Redentor, e em virtude de Suas singulares graças e funções, a Bem-aventurada Virgem está sempre relacionada com a Igreja. Santo Ambrósio ensina que a Mãe de Deus é o tipo da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo. No mistério da Igreja – pois também a Igreja é com razão chamada Mãe e Virgem – podemos, pelo exemplo da Bem-aventurada Virgem Maria, nos formar em vista do Cristo, nossa salvação. Como Igreja, desde sua máxima representação ao amado e querido povo de Deus (Papa, bispos, presbíteros, religiosos, seminaristas, leigos e leigas) devemos, imitando a Mãe de seu Senhor, pela virtude do Espírito Santo, conservar virginalmente uma fé íntegra, uma sólida esperança e uma sincera caridade. Ou seja, abandonarmo-nos nos braços e nos exemplo de Maria (Cf.: LG 153, 154).

Com tudo, querer ser formado pela Grande formadora, Mãe do Redentor e nossa, é o mesmo que nos esforçarmos para crescer em santidade vencendo o pecado. Por isso, elevemos nossos olhos a Maria que resplandece para toda a comunidade dos eleitos como exemplo de virtudes. Esta Virgem, da qual nos propusemos falar bem, para alegrar o Filho, deu em sua vida o exemplo daquele materno afeto do qual devem estar animados todos os que cooperam ou buscam, no tempo formativo, cooperar na missão apostólica da Igreja para a regeneração dos Homens.

Maria, Mãe da Igreja. 
Rogai por nós.

Jefferson F. M. de Araujo – 2º TEO

"Maria Educadora e Formadora"

É com imensa alegria que acolhemos a dedicação do mês de maio a Maria, nossa mãe, pela Igreja. Essa grande mulher que não é somente ideal e modelo para humanidade, mas com certeza uma grande e admirável educadora que não poupou esforços para educar seus filhos amados.

Maria como educadora e formadora tem a missão de formar Cristo em cada um de nós, seus filhos. Maria na nossa vida não deve ser somente modelo ao qual devemos aspirar, mas por sua poderosa e materna intercessão se faz cooperadora ativa na nossa caminhada em busca da santificação de filhos em Cristo Jesus, nós, que a recebemos como nossa querida e tão importante Mãe espiritual.

Sendo a mãe de Cristo, ela é, portanto, mãe de nossa sabedoria, de nossa justiça e de nossa santificação. Com seu amor materno, cuida de seus filhos que ainda caminham por este mundo, rodeados de perigos e dificuldades que o mundo oferece. Por isso, a Virgem Maria é invocada na Igreja com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Amparo e Medianeira.

“Bendita sois vós entre as mulheres” (Lc 1,42), porque embora simples mulher, vós vos tornastes verdadeiramente Mãe de Deus e nossa Mãe. Apoiados na proteção Maternal de Maria, que possamos a cada dia nos unir intimamente ao Mediador e Salvador, seu Filho Jesus Cristo.

“Bendita sejais, ó Virgem Maria, por vós veio ao mundo o Deus Salvador! Da glória feliz do Senhor onde estais, rogai junto ao vosso Filho Jesus Cristo por nós, vossos filhinhos. Amém.

Audive José Bissoli – 2º TEO

"IRMÃ DULCE - Primeira mulher brasileira a ser beatificada"

Neste mês de maio, a Igreja Católica se alegra com a beatificação de dois grandes Servos de Deus. A do Papa João Paulo II, ocorrida no último dia primeiro, e a de Irmã Dulce, que ocorrerá no dia 22.

Para a Igreja no Brasil, a beatificação de Irmã Dulce será um acontecimento muito importante, pois se trata da primeira mulher vinda do seio de uma família brasileira a ganhar o reconhecimento de Beatificação.

Mas quem foi esta grande mulher brasileira que merece então as honras dos altares?

“Seu nome era Maria Rita Pontes. Ficou conhecida como Irmã Dulce (homenagem a sua mãe) após ter ingressado na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914, e foi para junto de Deus no dia 13 de março de 1992, após 16 meses de intenso sofrimento suportado e ofertado a Deus.

O ‘Anjo Bom da Bahia’, como ficou conhecida, andava pelas ruas de Salvador recolhendo pobres e donativos. Ouvia o povo, que a amou muito e com ela aprendeu a misericórdia. A Igreja vai declará-la bem-aventurada no dia 22 de maio, em celebração a ser realizada em Salvador; seu nome de Santa será Bem-aventurada Irmã Dulce dos Pobres” (Padre José Artulino Besen).

Ao vermos um pouquinho da vida de irmã Dulce, notamos que gratuitamente ela dedicou sua vida aos outros exercendo obras de caridade; são atitudes que muito nos alegram e nos fazem pensar em como estamos exercendo nossa caridade para com o nosso próximo. São exemplos como os de Irmã Dulce que nos nos fazem pensar que podemos nós também sermos santos dentro deste mundo tão conturbado em que vivemos.

A alegria de termos uma bem-aventurada nascida no Brasil, com uma vida de amor e exemplo para todos nós, deveria grandiosamente nos alegrar e ser especialmente um motivo para exercermos nossa vocação de batizados na prática do amor e da caridade para com o mais necessitados, começando dentro da própria realidade em que nós vivemos.

Convido vocês, caros irmãos e irmãs, a acompanharem por este mês os noticiários formativos e informativos sobre a beatificação de irmã Dulce, mais intensamente no dia 22 de maio, dia de sua beatificação. Também rezemos pela Igreja no Brasil, louvando e agracendo a Deus pelas grandes graças concedidas, e pedindo, por intermédio da mais nova beata Irmã Dulce, que o Senhor volte o Seu olhar misericordioso para nosso povo e suscite mais corações santos, semelhantes ao dela, que tanto buscou se configurar ao manso e humilde Coração de Jesus.

Giliard Felipe Nascimento – 2° FIL

"Faça-se em mim segundo a Tua Palavra"

“Disse-lhe Jesus: ‘Vai, teu filho vive’. O homem creu na palavra que Jesus lhe havia dito e partiu.” (Jo 4, 50) 

Com estas palavras, o evangelho nos mostra a confiança e a fé que devemos ter em Jesus durante a nossa caminhada tanto vocacional quanto cristã. Nossa fé deveria assemelhar-se à fé daquele homem que acreditou na palavra de Jesus. O Mestre nos pede para seguirmos este exemplo e, ainda mais, nos colocarmos nas pegadas de Maria que, ao receber o anúncio do anjo pronunciou o seu sim (“Faça-se em mim segundo a tua palavra”), assinando, como dizia Santo Agostinho, uma folha em branco, permitindo que Deus escrevesse ali o que ele quisesse.

Considerando quanto acabamos de dizer, também nós, vocacionados, recebemos de Deus uma folha em branco para, assim como Maria, nela colocarmos a nossa assinatura. Diante disso surge um grave problema: queremos nos colocar no lugar de Deus. Não permitimos que ele escreva nesta folha a sua vontade para nós, mas acabamos escrevendo nós mesmos aquilo que bem entendemos para a nossa vida, fazendo da nossa história um sujeitar-se às nossas vontades achando que Deus, aquele que nos chamou, deve aceitar o que lá escrevemos, como se ele mesmo o tivesse feito.

No que consiste a nossa vocação? A nossa vocação consiste em fazer a vontade de Deus. Quando começamos a escrever no lugar de Deus não percebemos nossos erros. Esses erros, que, como dissemos, não são percebidos, estão nos pequenos atos de nossa vida. Pensemos por exemplo nos sete pecados capitais: vaidade, inveja, orgulho, avareza, luxúria, gula, ira! Vivemo-los mais do que os dons do Espírito Santo com os seus frutos quando escrevemos a nossa história no lugar de Deus. Será que isso é sinal de Graça em nossas vidas? Voltemos o nosso olhar para a realidade do seminário. Como dissemos, ao aceitarmos o chamado de Deus entregamos a ele esta folha em branco, para que, tendo-a nas mãos, Ele colocasse nela a sua vontade para nós, vontade essa que poderia ser expressa, por exemplo, na acolhida dos sete dons do Espírito em nossa vida: sabedoria, inteligência, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus. E por que isso não acontece? Porque insistimos em colocar nesta folha, utilizando-nos da nossa vontade, os nossos rabiscos. Neste momento nos desviamos do reto caminho, nos esquecemos do nosso princípio e do nosso fundamento (o chamado que Deus nos fez) e fazemos a nossa vontade. Mas é difícil fazer a vontade de Deus! Fazer a vontade de Deus exige de nós renúncias, as quais muitas vezes não queremos fazer. Apelamos para a nossa liberdade, na tentativa de justificar a não-realização da vontade de Deus. Somos livres! Mas será que vale a pena escrever nesta folha os rabiscos de nossa vontade? Se já escrevemos, será que não está na hora de permitir que Deus retome a condução de nossas vidas deixando que Ele escreva a nossa história da maneira certa, mesmo que tudo isso implique dor?

Iniciamos nossa caminhada animados, empenhados, e parecia que nada nos iria abalar. No entanto nossas paixões foram mais fortes do que nós, o pecado tomou conta do nosso coração e a nossa vocação já não era assim algo tão importante, algo com o qual deveríamos nos importar. Será que tudo o que vivemos até agora não nos importa mais? Será que vamos continuar escrevendo nós mesmo a nossa própria história vocacional ou será que vamos permitir que Deus coloque na folha em branco da nossa vida aquilo que de fato deve ser escrito?

Murilo Vendite – 2º FIL

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Paulo Fernando Miki

 "Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil"

Gostaria de poder partilhar algumas reflexões sobre o Documento 93 – “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil” – que foi aprovado na 48º. Assembleia Geral da CNBB e recebido por nós com muita alegria e esperança.

As Diretrizes (Doc. CNBB n. 93), fazendo referência ao Documento de Aparecida, nos diz que “a realidade atual exige de nós maior atenção aos projetos de formação dos Seminários” (DAp, n. 318). Refere-se à análise da realidade e das influências negativas de uma cultura pós-moderna. Quando se pensa em formação dos futuros Presbíteros, naturalmente se tem em conta a pessoa e o contexto no qual está inserida.

Apresenta-nos o Doc. 93 o objetivo geral da formação dos candidatos à vida presbiteral que é ‘levá-los a ser santos, discípulos missionários, como “verdadeiros pastores do Povo de Deus, a exemplo de Jesus Cristo, Mestre, Sacerdote e Pastor” (n. 84). Participar da santidade que está em Deus (cf. Lv 19,1) é estar incessantemente envolvido neste processo, através da conversão cotidiana, principalmente para aquele que recebeu o chamado, fazendo-o viver a ‘alegria do discípulo missionário, a partir do encontro pessoal com o Cristo’ (DAp, n. 28).

As Diretrizes afirmam que “na formação presbiteral conjugam-se a obra da graça e o esforço humano, o que requer constante empenho e discernimento atento do processo formativo nas circunstâncias atuais, à luz da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja e de um sadio conhecimento da psicologia humana” (n. 11). Todo o processo formativo deve ser construído na perspectiva de tornar presente na vida do formando o que o faz sentir-se `protagonista necessário e insubstituível de sua formação’, devendo crescer em sua consciência de que o `protagonista por antonomásia de sua formação é o Espírito Santo` (cf. PDV n. 69). Caminho este que deve ser seguido pelo formando para que possa alcançar a sua maturidade, enquanto pessoa integrada nas suas dimensões para uma autêntica vivência nas suas relações, como testemunho de sua vocação.

“Da espiritualidade sacerdotal, trinitária, cristocêntrica e eclesial, brota também o amor do Presbítero para com Maria, mãe de Jesus, mãe da Igreja e modelo de participação decisiva na história da salvação, digna de imitação” (n. 282). Aquela que, através de seu ‘sim’, manifestou toda a disponibilidade para o serviço a Deus e ao próximo, espera encontrar no formando o reflexo de quem se faz pela busca constante do aprendizado.

“São João Maria Vianey, Patrono dos Sacerdotes, diz: ‘esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar’. Orar é estender as mãos a Deus e amar é abrir os braços solidários a todas as pessoas” (n. 11).

Estas reflexões das Diretrizes têm a intenção clara de envolver-nos neste processo formativo, para que nos sintamos realmente responsáveis pelos futuros Presbíteros e naturalmente os formandos ‘protagonistas’ da sua formação.

O Reitor do Seminário - Propedêutico e Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima

“A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor” 

Queridos formandos, irmãos e irmãs, leitores deste nosso periódico, nosso coração se enche de alegria, pois há um ano nascia este boletim: Cor Unum. Nasceu com a finalidade de apresentar a vida de nosso seminário diocesano, bem como fornecer conteúdos formativos de caráter espiritual, filosófico, teológico e pastoral, escrito por nossos seminaristas, que, como protagonistas também da formação acadêmica, vão tornando público o vasto conhecimento adquirido por meio do estudo filosófico e teológico.

Com toda certeza, podemos afirmar que esta iniciativa teve a inspiração do Santo Espírito. Ele, como doador dos sete dons, inspirou e continua a inspirar nossos seminaristas, para que, no exercício de suas capacidades intelectuais, a cada mês, nos apresentem os frutos de suas reflexões.

A este Espírito gostaria de dedicar algumas palavras.

Estamos vivenciando o tempo pascal. Já na tarde do domingo da ressurreição, o Senhor Jesus, ao aparecer aos seus discípulos, comunicou-lhes o seu Espírito: “recebei o Espírito Santo”. Ao comunicá-lo aos discípulos, no dia da ressurreição, Jesus conferiu-lhes o poder de perdoar os pecados. Percebemos nessa passagem que o Espírito Santo não se manifesta no dia da ressurreição como se manifestou em Pentecostes, mas Jesus mostra seu desejo de comunicar aos seus discípulos o Espírito Santo. Mais tarde, no dia de Pentecostes, querendo iluminar e fortalecer os seus e a sua Igreja, Jesus lhes dá o seu Espírito com os seus carismas extraordinários, para que os mesmos se colocassem em estado de missão.

Missão: eis ao que queremos nos propor neste tempo intensivo de formação. Movidos pelo Espírito Santo, assim como foram movidos os discípulos de Jesus, queremos na casa de formação amadurecer cada vez mais a nossa humanidade que busca a integração a Jesus Cristo. É o Espírito quem nos configura a Cristo Bom Pastor; por isso, peçamos a Ele que ilumine as nossas mentes, para que, com as mentes iluminadas, façamos brotar vida deste nosso processo formativo. Chamados por Deus ao Ministério Presbiteral, sejamos em tudo dóceis ao Espírito, deixando-nos também formar por ele. Maria, a escolhida do Pai para ser a Mãe do Senhor, ficou grávida pela ação do Espírito Santo. Ela, jovem que era, assim como nós, jovens que somos, não colocou obstáculos para a ação do Espírito, mas, preenchendo-se do amor de Deus, transformou a sua aparente fraqueza em fortaleza e, encorajada pela força que veio do alto, disse sim: “faça-se em mim segundo a vossa Palavra” (Lc 1,38).

Que seja este tempo pascal, este mês de maio, um tempo de profunda reflexão sobre a nossa vocação. Que Maria, a esposa do Espírito Santo nos ensine a dizer sim, a acolher o Espírito do Jesus. Que o nosso proceder seja o mesmo de Jesus, o seu filho, para que ao sermos vistos, vejam em nós a face daquele que nos chamou.

Capa Cor Unum Maio/2011 - Edição de 1° Aniversário !!!

"Celebrando o primeiro aniversário!"

Não poderíamos deixar passar em branco a “celebração” do primeiro aniversário deste nosso boletim. Celebrar é tornar célebre, fazer ser lembrado para não ser esquecido. Quanto mais se celebra, menos se esquece. É isso que queremos! Olhar para o que passou e agradecer a Deus pelo que Ele nos concedeu, sobretudo porque podemos neste momento nos lembrar do motivo pelo qual o nosso “jornal do seminário” passou a existir.

Há exatamente um ano, celebramos datas importantes na vida da nossa igreja diocesana: o quadragésimo aniversário da ordenação episcopal de nosso bispo emérito, dom Luiz; o vigésimo aniversário do falecimento de nosso segundo bispo, dom José. De lá até hoje, quantas outras graças não pudemos viver? Todas, sem sombra de dúvida, vieram para que crescêssemos. Não esquecendo todos os colaboradores deste jornal, lembramos carinhosamente do nosso bispo diocesano, dom Antonio Fernando e dos padres Flávio, Marcelo e Gustavo, sob os cuidados de quem este boletim nasceu; dos padres Marciel e Paulo Miki que vieram somar com as nossas as suas forças; dos seminaristas que se envolveram com a ideia e com a realização deste projeto; de todas as pessoas envolvidas no processo de formação presbiteral inicial: psicólogas, orientadores espirituais, professores, padres, religiosas, funcionárias; dos nossos familiares e amigos que o recebem e o incentivam. A todos temos muito a agradecer! Além dessas pessoas, por quantas situações somos gratos. Para lembrar alguns: pelos nove anos de ordenação episcopal de dom Fernando; pela realização da 6ª Assembleia Diocesana de Pastoral; pelo tempo de serviço dos padres que deixaram a formação e pelos que chegaram. Deus seja louvado, para sempre seja louvado seu santo nome!

“Celebrando” esta data, não podemos deixar de recordar que este projeto nasceu inspirado pelo testemunho das primeiras comunidades cristãs (cf. At 4,32), cujo modo de vida associou-se à nossa própria vida com todos os seus acontecimentos, pois tais comunidades são o nosso modelo e a elas nós nos voltamos sempre para nos orientarmos, para que se manifeste ainda mais a unidade do nosso coração cristão (cor unum = um só coração). É isto que o nome e a realidade do nosso boletim deve evocar para nós. Obrigado a todos!

CONSELHO EDITORIAL

ViSUALIZAÇÕES