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 Livro: A Arte de Caminhar – Metodologia Pastoral
ALTOÉ, Adailton. A Arte de Caminhar: Metodologia Pastoral. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2005.

Adailton Altoé foi salesiano. Trabalhou diretamente com a juventude durante onze anos, dois dos quais como assessor da PJ (Pastoral da Juventude) do Regional Leste II e membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ. Por oito anos foi membro da Diretoria Geral do IPJ (Instituto da Pastoral da Juventude) Leste II, através da qual assessorou dezenas de cursos. De 1994 a 1997 foi pároco na região serrana capixaba e em 1998, pároco em Goiânia. Tem sido diretor do Oratório Diário e Festivo, que desenvolve um trabalho preventivo com 207 crianças e adolescentes empobrecidos.

Um livro de abordagem fácil, eficaz e bastante claro. Dividido em duas partes, na primeira temos uma boa visão de conjunto, já na segunda, Altoé transmite-nos a experiência de Jesus vivenciada em diversas perspectivas.

Abraçando um viés metodológico – capaz de lançar-nos, sem resistência alguma, para o meio do ambiente narrado de maneira contagiante – apresenta-nos aquilo que é essencial. Naquele primeiro momento referido, o autor mostra como se deve trabalhar em grupo, ensinando com clareza o que é necessário para saber aonde se quer ir, bem como quando e como se pretende chegar, ou seja, temos que ter sempre ponto de partida e ponto de chegada, nunca deixar de lado a clareza da meta, que pode ter curto, médio ou longo prazo.

Para que tudo se realize dentro destes parâmetros é necessário um grupo, não muito grande, mas que abrace a verdadeira amizade, confiança e que gere a oportunidade para todos participarem. Este grupo deve manter sempre a mesma direção e destino, aliados à experiência de caminhada que os tire do isolamento e os abra à vida, para a humanidade e consequentemente para Deus.

O autor para exemplificar esta metodologia, usa a antiga e conhecida “sra. Kombi”, pois ela tem a capacidade de conduzir um Grupo de Base, bem coeso. E nela, como um todo, como um corpo orgânico, cada parte é de suma importância para o bom funcionamento da mesma, por menor que seja ou aparentemente insignificante determinada parte, ela desempenha papel insubstituível e eficaz, contribuindo assim para que todo o “corpo” esteja agindo com harmonia: lataria, bateria, pneus, direção etc.

Outros fatores importantes a se considerar são: o diálogo entre componentes envolvidos; adequação a novos contextos que vão surgindo e que não estavam previstos no início da jornada - neste caso, manter viva a esperança, a fé e a caridade fraterna pode ajudar muito; a parada para ver o caminho já percorrido e vislumbrar aquilo que virá ou aquilo que deve ser mudado, ou seja, uma boa avaliação, aproveitando-se também para descansar, revisar o carro, comemorar e celebrar o caminho percorrido.

O guia maior para toda nossa ação pastoral é a ação e a experiência de nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo. Esta experiência é-nos revelada na segunda parte de “A Arte de Caminhar”, continuando com o texto simples, mas agora na concretude do encontro e do sentir do próprio Jesus junto ao povo, principalmente pobre, sofrido, ou melhor, junto àqueles que eram considerados perdidos ou sem valor para os que se consideravam eleitos. Muito interessante é como o autor apresenta este livreto. A metodologia da primeira parte em que é focada a ação grupal, do todo coeso desde a partida até a chegada, e isto é transladado para a segunda parte, na qual o enfoque é outro, não mais a ação grupal, mas a ação de cada membro que deve ser espelhada na ação do próprio Jesus.

Por isso, enfim, o autor usa a dinâmica posta no Evangelho de Lucas, quando Jesus toma a firme decisão de sair da Galileia e partir para Jerusalém, meta e ápice de toda sua missão.

Daí que Jesus também tem um ponto de partida e outro de chegada, porém o caminho para se chegar à meta é cheio de aventuras, percalços, oposição, apoio, acolhidas, também de rejeição, o povo que reage com euforia e retrocessos. Este ambiente encontrado por Jesus também será encontrado por aqueles que se dispuserem a levar a missão a cabo.

Nos encontros e desencontros do caminho é importante frisar, portanto, os gestos, as palavras, o aproximar-se de Jesus das pessoas, esta experiência que Ele fez deve dizer muito a nós, como devemos também fazer a nossa experiência de seguimento d’Ele. Pois, “tudo acontece no caminho, até a chegada de Jesus a Jerusalém. Já o nosso caminho missionário partiu de Jerusalém para chegar aos confins do mundo (Lc 24, 44-47)” (p. 48-49).

Jefferson de Araujo - 1° TEO

O Reitor do Seminário - Filosofia Pe. Marciel Silva de Lima

Advento: Tempo de acolher e reconhecer o Senhor, que continuamente vem ficar no meio de nós.

Queridos formandos, ao findar de mais um ano letivo e porque não dizer, de um ano formativo, nossos corações se enchem de alegria, pois, diante dos grandes desafios que encontramos pela frente, estudo das disciplinas teológicas e filosóficas, confecção de monografia (alunos do 3º ano de filosofia e do 3º ano de teologia), realização do exame final de conclusão de curso, De Universa (4º ano de teologia), o Senhor concedeu a cada um daqueles que estiveram envolvidos nessa empreitada formativa, de forma aberta, deixando-se envolver e formar pelos conteúdos que certamente foram absorvidos de forma séria, a graça de vencer cada um deles.

Penso que todo o conteúdo ministrado em sala de aula, toda formação oferecida pelos formadores internos, assim como também pelos formadores do campo psicológico e espiritual, não servirão para nos transformar em depósitos de informações que nada irão produzir, mas, como protagonistas da nossa própria formação, se faz necessário deixar que toda essa quantidade de ensinamentos produzam em nós, frutos; frutos de transformação, frutos de conversão interior, frutos de identificação cada vez mais forte com aquele que nos chamou a segui-lo: o Senhor Jesus.

Nosso coração se encherá ainda mais de alegria se, olhando para traz, percebermos que de fato, valeu a pena percorrer e assumir com seriedade esta empreitada que a cada ano, o processo formativo nos propõe. Aí está enfim a beleza da nossa vocação, a beleza da vida no seminário: quando não nos importamos com as exigências do processo em questão, mas sim, quando nos abrimos a ele e o vivemos com amor e dedicação, tendo como meta a ser atingida, essa nossa configuração total a Cristo Bom Pastor, Sumo e Eterno Sacerdote.

Parece que estou fugindo do tema ao qual me propus falar, mas vejamos. Com o findar do ano civil, aproxima-se o início de um novo ano litúrgico.

Como mencionado acima, no título deste artigo, o advento é um tempo propício da graça de Deus em nossa vida para acolhermos e reconhecermos o Senhor, este Deus que nos dizeres de Santo Agostinho, ao se fazer homem quis e quer nos despertar do sono no qual nos encontrávamos e nos encontramos.

Se vivermos bem este tempo litúrgico, tempo que quer ser para nós uma constante preparação, certamente celebraremos com mais fé e amor o nascimento de nosso Senhor. Este tempo, vivido a partir dessa dinâmica, nos fará entender que os grandes momentos da vida litúrgica da Igreja não são simplesmente atos litúrgicos que a cada se repetem, mas são na verdade, a revelação do mistério de Deus se fazendo presente no nosso tempo, na nossa vida, permitindo-nos rever a nossa própria caminhada e, enxergar o quão distantes de Deus temos vivido.

A todos vocês, caros formando, a todos os leitores deste boletim formativo e informativo, desejo enfim um santo e profícuo tempo de advento e, um santo e feliz natal, esperando estarmos juntos no ano que se aproxima.

Pe. Marciel Silva de Lima Reitor do Seminário - Filosofia

O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Marcelo Adriano Cervi

Queridos irmãos e irmãs
Amados seminaristas

Ao completar dez anos servindo a Igreja na formação dos jovens que se encaminham para o presbiterado, venho agradecer a Deus, a Nossa Senhora e a todos com os quais pude conviver, pela fecundidade deste tempo.

De maneira especial, agradeço a Dom Luiz que enviou-me ao Seminário no final do ano 2000 para ser professor e cuidar das economias da Casa, auxiliando o Pe. José Sidney na formação, conhecendo o Seminário ainda em sua fundação, seja física que institucional. Agradeço carinhosamente a Dom Fernando, que confiou-me o encargo de Reitor, coordenando o processo formativo e que, depois destes dez anos, por sua graça e bondade, acolheu meu pedido de estar mais livre para dedicar-me ao ofício que ele escolhesse, no caso, a Coordenação Diocesana de Pastoral. Agradeço aos formadores com os quais dividi o peso da formação, bem como os funcionários e colaboradores, ao presbitério, aos seminaristas e suas famílias.

Foi um tempo de graças! Experimentei o donum regiminis et contemplationis que Deus reserva aos formadores para bem desempenhar sua missão. Também experimentei o auxílio celeste nas horas de incompreensão, desânimo, dificuldades, no pesar da cruz e na dúvida diante de decisões importantes. Este auxílio veio através da oração, das graças que Deus nos envia e das pessoas generosas que nos sustentaram e abraçaram conosco esta nobre causa de formar presbíteros, nunca sentindo-nos sozinhos. Nem sempre fui generoso como deveria diante da missão e, por isso, falhas e erros aconteceram como fruto da humana fraqueza, cabendo-me pedir perdão àqueles aos quais deixei a desejar.

Agora é hora de partir para novos desafios, onde me chama a Igreja e o Bispo me envia. Não é fácil, porém, separar-se das pessoas, que são o objetivo da missão de um padre formador. Acostumei-me por demais a amar os seminaristas e os considerei, neste tempo, minha alegria e missão mais forte diante de Deus. Cada um que chegou ao altar, senti que foi uma vitória conjunta, um irmão que venceu a dura batalha contra si mesmo, contra os percalços da vida e as dificuldades vocacionais. Sei que será difícil adaptar-me longe destes jovens que por dez anos ocuparam o ministério a que o Senhor me convocou e meu coração me diz que vai levar muito tempo ainda. Mas missão é missão e geralmente tem início, meio e fim.

E na celebração do encerramento do ano 2010, esta missão de Reitor encontrou seu termo.
Foi difícil despedir-me, mas parto sereno e contente pelas inúmeras pessoas acompanhadas, pelas vocações discernidas, pelos padres que hoje, com orgulho, abraço como irmãos no presbitério. Devolvo a Deus o talento que pelas mãos do Bispo recebi. O deposito nas mãos do nosso Bispo, qual administrador da vinha do Senhor, confiante e feliz por ter trabalhado e vivido com pessoas tão generosas: seminaristas, presbíteros, colaboradores e funcionários neste tempo de graças.

A Deus e a Nossa Senhora minha eterna gratidão.
Ao Sr. Bispo, ao clero e a todos os colaboradores, meu sincero agradecimento.
E aos seminaristas, meu obrigado, do fundo do coração, por terem feito deste tempo um tempo de formação permanente intensa para mim! Vou levá-los comigo, sempre, na recordação e na oração!

Capa Cor Unum Dezembro 2010 / Janeiro 2011


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PALAVRAS DE DESPEDIDA DA REITORIA DO SEMINÁRIO

19 de dezembro de 2010

Queridos irmãos e irmãs Amados seminaristas,

No mês de novembro passado, agradeci ao Senhor os 10 anos de minha chegada em Jaboticabal e de minha destinação ao Seminário, por desejo de Dom Luiz. Neste mesmo mês, nosso Bispo Dom Fernando acolheu meu pedido de ser liberado de um dos dois encargos diocesanos que acumulava, pois eram muito exigentes para uma única pessoa. Falo do Seminário e da Coordenação Diocesana de Pastoral, junto dos quais estava também o cuidado pastoral da Paróquia Santa Teresa. Depois das devidas ponderações, Dom Fernando optou por manter-me na Coordenação de Pastoral, a fim de que o trabalho já iniciado da 6ª Assembléia Diocesana de Pastoral pudesse prosseguir. Foi desta forma que liberou-me da Reitoria do Seminário embora mantendo-me como membro do Conselho de Formadores.

Cheguei há precisos dez anos neste amado lugar. Vim para ser professor e cuidar das economias da Casa, auxiliando o Pe. José Sidney na formação. Conheci esta casa ainda sendo construída; a fundação do Seminário como instituição formativa era muito recente e todos (formadores e formandos) estávamos muito felizes por termos, depois de tantos anos, um lar para chamar de nosso. Os desafios eram muitos... erros e acertos se alternaram com rapidez... a Providência Divina ia começando com estes pobres instrumentos uma história admirável de configuração de jovens generosos a Cristo, a maioria dos quais hoje tenho a alegria e o orgulho de abraçar como irmãos no presbitério.

Os anos foram passando. Nos acostumamos com as novas estruturas e com a casa, vieram outros desafios e necessidades. Com a chegada de Dom Fernando, para mim, houve uma grande transformação: confiou-me, sem merecimento algum, o encargo de ser o Reitor do Seminário e, com este encargo, algumas tarefas bem precisas: a) encarar o desafio de uma estrutura conjunta de formação com a Diocese de Franca; b) definir o Projeto Formativo do Seminário; c) acompanhar a provocação dos tempos, estabelecendo um estilo pedagógico de formação que alguns irão lembrar para toda a vida...

Foi um tempo de graças!
Devo confessar que senti sempre o Senhor me acompanhando com graças particulares. No curso para formadores, eu aprendi que Deus dá graças e luzes especiais aos reitores e eu sou testemunha de que isso é verdade. Nas horas de desânimo, no pesar da cruz, nos momentos difíceis e na dúvida diante de decisões importantes vi sempre o dedo de Deus mostrando-me a direção certa: isso acontecia na oração pessoal e comunitária, nas pessoas que eu encontrava e em várias seqüências de fatos que a gente não consegue explicar.

Não faltaram momentos difíceis... eles fazem parte da vida e da missão de todas as pessoas e para mim não foi diferente. Todo início é muito penoso e não foi diferente em nosso Seminário. De dificuldades financeiras ao cansaço físico e psicológico, foram muitas a tarefas a resolver... digo tarefas pois aprendemos que problemas são tarefas que devem ser resolvidas... Um desses momentos difíceis foi sempre quando, esgotadas todas as possibilidades, tive em nome do Conselho que despedir alguém do Seminário... esta é a decisão mais dura para um formador e, no meu caso, sempre precedi este momento de muita oração e confiança em Deus, sabedor de que se esta é a vocação da pessoa, posso fechar a porta de um Seminário, mas Deus abrirá outras de tantos outras casas para a pessoa. Entre todas as dificuldades, porém, acho que a incompreensão foi a mais doída lasca da cruz. Aprendemos na fé a lidar com ela e no fim até agradecemos a chance de passar por ela pois temos certeza que é a situação que mais nos aproxima de Jesus Crucificado e, portanto, da salvação.

Contudo, nunca me senti sozinho.
Para ser honesto, devo aqui mencionar algumas pessoas que foram muito importantes na missão no Seminário. Falo do Pe. Flávio, com quem aprendi muito e dividi o peso da cruz por um bom tempo... do Pe. Devair com quem compartilhei e compartilho angústias e preocupações que só cabem no coração do reitor... dos demais formadores que compartilham a preocupação de uma formação consistente em nossa Diocese, destacando o Pe. Gustavo que, nestes últimos dois anos, tanto me escutou, acolheu e incentivou... Recordo nossos colaboradores e funcionários, servindo-nos com alegria e desvelo, ajudando-nos na tarefa de formar-nos outros Cristos para o mundo, com especial menção à Eliete que, desde o início, abraçou a nossa causa e continua até hoje muito prestativa e à altura de ajudar-nos, ajuda esta que ultimamente temos recebido também da Karina... Lembro as nossas irmãs do Centro Pastoral, que com tanta oração, penitência, responsabilidade e preocupação cuidam de nós, especialmente a Ir. Elisabeth, esposa fiel de Cristo, com quem muitas vezes abri meu coração. Lembro o nosso amado Pai Dom Fernando, de quem gozei uma confiança imerecida e que soube testar minha resposta vocacional para o bem da Igreja... Lembro também minha família que procurou sempre aceitar minhas ausências de casa e muito me fortaleceu sempre. Não esqueço, enfim, os seminaristas, de todas as turmas e de todos os anos... quanta força, alegria, incentivo e motivação recebi deles. Eles foram a razão do meu estar aqui nestes 10 anos e a eles devo muito do que hoje arrisco dizer que sou. Tenham a certeza de que em qualquer lugar onde eu estiver, vocês encontrarão sempre um coração aberto e um amigo.

Confesso que ainda não consigo imaginar-me longe dos seminaristas. Vocês foram e são, diante de Deus, minha alegria mais íntima. Cada um que chega ao altar, sinto que é uma vitória conjunta, um irmão que venceu a dura batalha contra si mesmo, contra os percalços e as dificuldades vocacionais. Será difícil adaptar-me longe de vocês e meu coração me diz que vai levar muito tempo acostumar-me se é que me acostumarei. Acho que, por isso, em sua bondade, nosso Bispo não quis deixar-me livre de tudo no Seminário, fazendo-me continuar como formador e membro do conselho de formação. Mas missão é missão e geralmente tem início, meio e fim. E hoje esta missão de Reitor encontra seu termo, nesta celebração.

Enfim.... despedidas são difíceis... mas precisamos nos despedir.
Vou sereno e feliz pelas inúmeras pessoas acompanhadas, pelas vocações discernidas, pelos jovens que acompanhei no seminário como filhos e que hoje, como padres, tenho satisfação em abraçar como irmãos. Devolvo a Deus o talento que pelas mãos do Bispo recebi, depositando-o de volta nas mãos do nosso Bispo, que é o administrador da vinha do Senhor, confiante e feliz por termos juntos trabalhado e vivido neste tempo de graças.

A Deus e a Nossa Senhora minha eterna gratidão.
Ao Sr. Bispo, ao clero e a todos os colaboradores, meu sincero agradecimento.
E a vocês, queridos seminaristas, meu obrigado, do fundo do coração!
Vou levá-los comigo, sempre!

Pe. Marcelo Cervi

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