O Reitor do Seminário - Teologia Pe. Paulo Fernando Miki

O SENHOR CHAMA PARA O SEU SERVIÇO

O mês vocacional apresenta-se como uma oportunidade para pensarmos naqueles que Deus chama para o seu serviço e a uma reflexão no chamado que fez a cada um de nós, para que sempre busquemos fortalecer nossa vocação com o impulso e o envolvimento daquela que foi nossa experiência da descoberta e do discernimento. Assim, nós que estamos nesta caminhada, poderemos aprofundar o nosso serviço na dinâmica da nossa resposta e situar-nos no processo da formação inicial, sempre com o entusiasmo e a disponibilidade marcantes deste momento.

Diz-nos o documento 93 que “a vocação e o ministério sacerdotal são dons de Deus à sua Igreja para continuar a missão de Jesus Cristo, Bom Pastor. A Igreja acolhe os vocacionados ao sacerdócio, louvando o Senhor pelo precioso dom da vocação, que continua chamando operários para a messe”(n. 42).

Consciente de sua responsabilidade, a Igreja tem o compromisso de acolher e favorecer o discernimento do vocacionado, através do acompanhamento e de uma formação sólida, despertando-o para o seguimento de Cristo. Os vocacionados inserem-se, contudo, na realidade atual e suas transformações, o que deve ser levado em consideração no processo formativo (cf. nn. 33-41).

O Senhor chama para o seu serviço e dá a graça necessária para que o vocacionado responda com decisão e generosidade. Por isso, as famílias devem reconhecer a bênção de ter um filho chamado por Deus, apoiando-o em sua resposta (cf. n.101). Considerando que “a vocação é condição para assumir o ministério presbiteral” (n. 103), sendo dom de Deus e também um dom para a Igreja. Como dom e bem para a Igreja é seu dever de promover e cuidar. A responsabilidade pela Pastoral Vocacional é de todo o Povo de Deus, começando pela família e continuando na comunidade, através da formação e ajudando no discernimento daqueles que são chamados (cf. n. 105).

O Senhor chama para servir na sua Igreja, portanto, devo corresponder a estas expectativas para anunciar não o que eu quero, mas o que a Igreja quer e espera que eu seja fiel à Palavra recebida. A vocação é ato da eleição do amor de Deus para com aquele que escolhe, chama, forma e envia. A resposta parte da escuta inicial e do discernimento para a abertura sincera ao processo de formação no Espírito Santo.

Dom Antonio, bispo emérito de Taubaté, com seus 91 anos e com toda a sua experiência nos diz: “Padre é ministro de Deus a serviço do povo, para que o povo esteja em relação com Deus. Ele deve ser presença de serviço, promovendo as comunidades e as pessoas na sua dignidade, por isso foi chamado a se configurar com Cristo para ser sal da terra e luz do mundo. Se o povo vê no Padre só o orador não se converte, mas se vê nele o orante, se converte; tem que ser aquele que fala de Deus, com Deus e que se encontra com o povo.” (Palestra proferida no curso de especialização para formadores - Taubaté, 28 de julho de 2011).

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